O golo sofrido ao segundo minuto
“Tem sempre algum, não fazemos uma boa primeira parte, entrámos receosos e com respeito a mais, sem os níveis de intensidade com que devíamos ter entrado. Aí a culpa é minha por não ter desbloqueado as jogadoras nesse sentido, de as poder levar para outro patamar. A partir daí as coisas tornaram-se um bocadinho mais complicadas.
Corrigimos ao intervalo, depois estivemos melhor na organização defensiva, sabendo sempre do poderio da Espanha mas conseguimos controlar melhor as ruturas, bascular melhor a linha defensiva e acertar melhor os timings de pressão. Isso permitiu-nos entrar mais no jogo, sair mais vezes em contra-ataque, criar algumas - não muitas - oportunidades de golo. Isso acabou por nos equilibrar. A vitória da Espanha é indiscutível, mas, por aquilo que fizemos na segunda parte, o resultado é demasiado pesado.
Portugal fez duas faltas na primeira parte
“Faltou-nos, acima de tudo, o timing de chegada na bola, o controlo dessas situações de profundidade, o poder chegar nos timings certos para termos duelos. Talvez por posicionamentos um bocado receosos quando não saíamos na pressão. Acabámos por ter mais dificuldade em conseguir ter duelos contra uma equipa tecnicamente muito evoluída.
Melhorámos na segunda parte, crescemos nos aspetos posicionais no meio da linha defensiva, corrigimos algumas situações e isso fez-nos estar mais perto das jogadoras da Espanha e conseguirmos controlar melhor o jogo.”
Falta melhorar ofensivamente?
“Como é lógico. Acabámos por ter duas oportunidades de golos, não concretizámos, mas claro que temos de dar o passo em frente na organização ofensiva e defensiva. Temos de ter um bocadinho mais de discernimento com bola, mas é sempre muito difícil quando passas muito tempo a defender. No momento em que ganhas bola, a frescura já não é muita e isso dificuldade a tomada de decisão. Amanhã é começar a pensar na Itália e trabalhar nisso.”
É uma luta a três pelo segundo lugar?
“Acredito que sim. Temos de conseguir pontos nos dois primeiros jogos para chegarmos ao último a depender só de nós. Ainda dependemos só de nós e vamos continuar a fazer tudo enquanto assim for para orgulhar os portugueses. E quero dar-lhes os parabéns: se dentro de campo fomos inferiores, não há dúvidas nenhumas de que fora de campo vencemos por goleada.”
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