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Catar 2022. Depois de testes positivos na Taça das Nações Árabes e no Mundial de Clubes, vem aí a tecnologia do fora de jogo semiautomático

Catar 2022. Depois de testes positivos na Taça das Nações Árabes e no Mundial de Clubes, vem aí a tecnologia do fora de jogo semiautomático

O tempo dispensado para definir os foras de jogo, que às vezes alcança os vários minutos, não seria a única boa notícia nesta versão refinada do VAR, pois a própria forma de obter a informação será mais potente e evoluída, evitando aqueles constrangimentos com a colocação das linhas. Isto é, a nova ferramenta vai permitir saber exatamente o momento em que a bola foi tocada pelo passador e a posição dos colegas e adversários (indo ao pormenor de distinguir braços e pernas)

É uma das primeiras razões da lista quando alguém desata num queixume contra o vídeo-árbitro (VAR): o tempo que se perde para confirmar se uma jogada está ou não em fora de jogo. A FIFA poderá estar em vias de resolver esse problema do futebol que tanto esmorece os adeptos e o próprio jogo, com a introdução do fora de jogo semiautomático.

A nova tecnologia foi testada na Taça das Nações Árabes e no Mundial de Clubes, recentemente conquistado pelo Chelsea. Segundo o “El País”, há fortes indícios de que os testes foram satisfatórios e que este sistema poderá mesmo ser introduzido no próximo Campeonato do Mundo, no Catar, no final do ano. De acordo com fontes do diário junto da Federação Espanhola de Futebol, esse será o desfecho desta história caso “não dê muitos problemas com o funcionamento”.

Pierluigi Collina, o ex-árbitro e atual diretor do departamento de arbitragem da FIFA, admitiu na semana passada que há coisas a melhorar na ferramenta que revolucionou o futebol: “Sabemos que não é fácil ser rápido e preciso. É por isso que pensamos numa tecnologia que possa tomar as decisões precisas e o mais rápido possível”.

O tempo dispensado para definir os foras de jogo, que às vezes alcança os vários minutos (pelo menos em Portugal), não seria a única boa notícia nesta versão refinada do VAR, pois a própria forma de obter a informação será mais potente e evoluída, evitando aqueles constrangimentos com a colocação das linhas. Isto é, a nova ferramenta vai permitir saber exatamente o momento em que a bola foi tocada pelo passador e a posição dos colegas e adversários (indo ao pormenor de distinguir braços e pernas), conta ainda o “El País”. As câmaras estão instaladas ao longo da cobertura dos estádios, sendo que 10 delas servem exclusivamente para a geolocalização. As que são usadas hoje em dia, pertencentes às transmissões televisivas, continuam a ter utilidade.

Os dados, conta ainda o periódico espanhol, são recolhidos pelas câmaras 50 vezes a cada segundo, chegando depois a uma plataforma onde está em ação o assistente do árbitro encarregue dos foras de jogo na casa das máquinas. A ideia, claro, é que tudo ocorra praticamente em tempo real, demorando apenas alguns segundos, evitando assim quebrar o menos possível o ritmo e o ambiente dos jogos.

O Campeonato do Mundo no Catar vai decorrer entre 21 de novembro e 18 de dezembro. Portugal, que falhou o apuramento direto via fase de grupos, terá pela frente a Turquia no play-off. Caso os portugueses batam os turcos – João Cancelo e Renato Sanches estão suspensos –, terão pela frente a Itália ou a Macedónia do Norte. Ou seja, um dos dois últimos campeões da Europa ficará de fora do próximo Mundial.

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