Duplantis e o Mondo a seus pés – aí está mais um recorde mundial para o saltador sueco

Bateu o recorde mundial da vara pela primeira vez a 8 de fevereiro de 2020, ultrapassando a fasquia colocada em 6,17 metros, em Torun, na Polónia. Uma semana depois juntaria um centímetro à marca, em Glasgow, na Escócia. Meteu-se a pandemia e o favoritismo que Mondo Duplantis tinha para Tóquio 2020 transferiu-se sem mácula para Tóquio 2021. Garantido o ouro, com os rivais a léguas, o rapaz que nasceu nos Estados Unidos mas optou por competir pela Suécia natal da sua mãe tentou o recorde mundial no maior dos palcos, sem sucesso.

Mas era uma questão de tempo.

Galguemos para esta segunda-feira, em Belgrado. Ele com as suas meias altas à futebolista, imagem de marca que parece tornar ainda mais jovial a meninice que não lhe quer sair da cara. Falha a primeira tentativa a 6,19. Não vence a fasquia também na segunda. À terceira, ela abana, mas não cai. Ele sai desvairado do colchão, abraça os seus – diz o “L’Equipe” que o sueco tentou cinquenta vezes ultrapassar os 6,19 até conseguir reforçar o seu recorde mundial.

Prodígio que aos três anos já saltava num colchão improvisado no quintal da casa de família, no estado do Louisiana – o pai Greg foi também ele saltador à vara -, Armand Duplantis surge como o mais próximo de herdeiro que pode ser apontado a Sergey Bubka, o extraordinário saltador ucraniano que bateu o recorde da vara 17 vezes. Aos 22 anos, Duplantis já saltou mais alto que Bubka. Quão mais alto parece não ser uma questão de limites.