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Fernando Santos antes do “momento mais importante” como selecionador: “Todos nós ficaríamos ligados a não alcançarmos o objetivo”

Fernando Santos antes do “momento mais importante” como selecionador: “Todos nós ficaríamos ligados a não alcançarmos o objetivo”
NurPhoto/Getty

Na conferência de imprensa após ter anunciado a convocatória da seleção para o playoff de apuramento para o Mundial, o técnico realçou o "foco total" em "ganhar" e não escondeu a importância da ocasião. E deixou um aviso: "Não podemos achar que, de repente, somos os melhores do mundo e temos de ganhar a toda a gente e somos favoritos em todo o lado, nem pode acontecer o contrário"

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"É um momento para ganhar, não é mais nem menos do que isso. O nosso foco total é estarmos no Mundial, aqui não há muito mais conversa. Este é o momento para ganhar, tudo o resto é menos importante"

Depois da derrota contra a Sérvia disse que não tinha conseguido passar princípios. Vai mudar ideias?

"Dei uma entrevista há quatro meses e o que disse nessa entrevista está dito. Durante algum tempo, a equipa técnica falou sobre esse assunto e analisou-o, mas tudo tem o seu tempo. Agora é foco total nos jogos que temos de realizar. Queremos estar no campeonato do mundo e, aqui, todas as outras questões são menos importantes. Claro que alguns acertos têm que ser feitos, teremos de passar ideias claras e é isso que faremos quando os tivermos connosco. Não vale a pena falar no tempo que temos... O que importante é que temos de ganhar"

Regresso de Cédric

"Neste momento, não me parece importante falar do jogador A, B ou C. Estão os que estão, é com estes que eu conto"

É o momento mais difícil desde que é selecionador?

"Não é o mais difícil, mas é o mais importante. Temos um objetivo, queremos cumpri-lo. Este é um desejo que não é só nosso, é do povo. Nós vamos jogar por Portugal, todos os jogos da seleção são muito importantes para o povo. O Estádio do Dragão deixou de ter bilhetes há um mês e isso mostra a confiança e força das pessoas. Temos de pensar menos em cada um individualmente e focar na equipa e vencer"

Depois de vencer Europeu, teme ficar ligado à primeira ausência de fase final desde 1998?

"Não tem que mexer comigo, mas não sou só eu. Tem de mexer com todos nós. Todos nós ficaríamos sempre ligados a não alcançarmos o objetivo. Mas o foco não é esse, estamos focados e convencidos que, juntos, vamos alcançar o objetivo. Não estamos preocupados com as leituras de futuro, estamos preocupados é com o presente. O que importa é o presente e jogar uma meia-final, vencer, jogar uma final e vencer. O futuro não é algo que nos tenha que afetar, porque a partir de dia 29 os jogadores vão continuar a jogar e eu vou continuar a treinar"

O que é preciso fazer para não cometer os mesmos erros?

"Nos últimos jogos, Portugal perdeu um jogo. Nós temos sempre uma espiral de dramatismo ou euforia, o que é normal e compreensível. Há coisas que estiveram bem e coisas que não estiveram bem, mas houve um jogo que não ganhámos. Todos ficámos muito chateados com isso. Temos de pegar no que de positivo foi feito e no talento dos jogadores, sabendo que, à partida, o talento ganha alguns jogos, mas os torneios ganham as equipas. É colocar em campo o nosso talento e, ao mesmo tempo, a força toda da nossa equipa"

Jogadores estão em melhor forma do que na última paragem?

"Escolhemos os jogadores que, no nosso critério, se apresentam em melhores condições neste momento para disputar esta meia-final, vence-la, e depois disputar a final e vencer"

Portugal é favorito?

"O favoritismo teremos de o mostrar em campo. A Turquia é uma equipa com qualidade individual e coletiva, conhecemos bem a Turquia. Mas também conhecemos a nossa qualidade e, jogando em casa, Portugal é naturalmente favorito. Não podemos é achar que, de repente, somos os melhores do mundo e temos de ganhar a toda a gente e somos favoritos em todo o lado, nem pode acontecer o contrário. Temos provado que somos uma das grandes equipas. Temos de acreditar em nós e saber o que temos de fazer"

Momento de Ronaldo

"Mais importante do que tudo, é Portugal. Todos estamos sintonizados nisto, e aí incluo-o também o nosso capitão, que é uma peça importante"

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