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A nadadora Lia Thomas tornou-se na primeira mulher transgénero a vencer um título nos campeonatos universitários norte-americanos

A nadadora Lia Thomas tornou-se na primeira mulher transgénero a vencer um título nos campeonatos universitários norte-americanos
Mike Comer/Getty

A participação da atleta em provas femininas abriu uma polémica no desporto norte-americano, mas Thomas só quer focar-se na competição

Lia Thomas, estudante e atleta finalista da Universidade da Pensilvânia, entrou na competição feminina de natação da liga universitária dos Estados Unidos como cabeça de série. E tornou-se na primeira mulher transgénero a vencer um título na prova organizada pela Associação Desportiva das Universidades Norte-americanas (NCAA), superando, simultaneamente, o seu melhor tempo, que tinha sido alcançado em Atlanta, na Geórgia (EUA).

Apesar da vitória na prova das 500 jardas livres, Thomas admitiu: “Não tinha muitas expectativas para esta prova. Estava apenas feliz por estar aqui e competir da melhor forma que conseguisse”. E conseguiu, relegando Emma Weyant, que conquistou uma medalha de prata nos 400 metros dos Jogos Olímpicos de Tóquio, para o segundo lugar. A luta foi renhida até ao fim, com Weyant e também a texana Erica Sullivan a desafiarem a liderança de Lia Thomas.

Lia compete também nas 200 jardas livres, na sexta-feira, e nas 100 jardas livres, no sábado. A nadadora tem seguido as regras da NCAA e da Ivy League desde que deu início ao processo de mudança de género, em 2019, através de terapêutica de substituição hormonal.

A inclusão da nadadora transgénero nas disciplinas femininas tem gerado discórdia no desporto norte-americano. Segundo o “The Guardian”, duas dezenas de pessoas juntaram-se à porta do local onde se realizou a prova carregando cartazes a dizer “Salvem os Desportos Femininos”. Thomas respondeu aos vários jornalistas presentes: “Tento ignorar. Tento focar-me na natação e bloquear o resto”.

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