2022 é mesmo o ano da mulher no xadrez? “Uma árbitra, a meio de um jogo, disse para usar calções mais compridos e não distrair os rapazes”

Capacidade de concentração, de resolução de problemas ativamente, de diversão e criatividade. Estas são as quatro características principais que Mariana Silva, jogadora portuguesa de xadrez, destaca quando questionada sobre aquilo que necessita para praticar a modalidade.
Talvez quem as leia se esteja a identificar com todas, parte delas ou até mesmo só uma, mas, uma coisa é certa: nenhuma destas capacidades depende diretamente do género da pessoa. O que não impediu Nigel Short, vice-presidente da Federação Internacional de Xadrez (FIDA), de associar o sucesso desportivo no xadrez a questões biológicas: “Os homens são melhores jogadores de xadrez do que as mulheres. Têm de aceitar isso graciosamente”, afirmou, em 2015.
“A minha opinião é que não existe qualquer base para afirmar que existem diferenças biológicas entre homens e mulheres, não existem estudos que o observam, não existe qualquer fundamento científico para explicar a diferença de performance entre os homens e as mulheres no xadrez”, afirma à Tribuna Expresso, neste 2022 que a FIDA fez questão de tornar especial para as mulheres.
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