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Porto 2.0 e o triunfo do talento

Porto 2.0 e o triunfo do talento

Tomás da Cunha

Analista e comentador de futebol

O Porto do ataque à profundidade e da procura pelo jogo exterior deu lugar a um Porto mais criativo no corredor central, escreve Tomás da Cunha, ao analisar a época do novo campeão nacional. Sem convencer propriamente pela segurança da organização defensiva, a equipa recuperou o título e — se o mercado deixar — criou bases para crescer desportivamente nos próximos anos. É o triunfo do talento dos jogadores e de um treinador que, finalmente, acreditou nele. Ganhou o Porto

Estabeleceu um novo recorde de invencibilidade no futebol português. Sobreviveu à saída de Luís Díaz a meio da temporada, ainda com três competições pela frente. Construiu a equipa mais dominadora, criativa e alegre desde que comanda os azuis e brancos, integrando jovens que só precisavam de aposta firme. Esta é a marca de Sérgio Conceição e do Futebol Clube do Porto da época 21/22, que não só venceu o título como abriu caminho para o futuro.

No Dragão, a bola ganhou outro significado. Não se entende o crescimento exibicional sem a afirmação definitiva de jogadores com um perfil mais tecnicista, que procuram soluções coletivas para resolver problemas. Em épocas anteriores, a equipa portista chegou a depender bastante da bola parada ofensiva (sente-se a falta do pé esquerdo de Alex Telles) ou de um rasgo individual (Brahimi, Corona…) para vencer jogos. Pelas características do plantel, Sérgio Conceição procurou mais a força da técnica ao invés da técnica da força.

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