Faltavam escassos dias para Nuno Borges se estrear na fase de qualificação de um torneio do Grand Slam quando apareceram os dois risquinhos que ninguém quer ver: apesar de assintomático, estava infetado com covid-19 e o que seria um marco como profissional rapidamente se tornou numa semana isolado num quarto de um hotel australiano.
Gorada a hipótese de jogar o Open da Austrália este ano, o maiato de 25 anos, que brilhou no circuito universitário norte-americano antes de se tornar profissional (foi líder do ranking e vice-campeão), foi cimentando o seu jogo no circuito Challenger: chegou às meias-finais em Forli e Oeiras, à final em Roseto e venceu mesmo em Barletta, no passado mês de abril, antes de voltar a passar uma ronda no Estoril Open, o seu primeiro torneio ATP da temporada. O que lhe valeu um salto para o lugar 126 do ranking e um reforço na confiança para encarar novamente um torneio do Grand Slam.
Em Roland Garros, Nuno Borges foi paulatinamente ultrapassando etapas. O húngaro Zsombor Piros foi o terceiro e último adversário no qualifying e a sensação de logo na estreia conseguir chegar ao quadro principal de Roland Garros é, nas palavras do tenista, “quase como vencer um torneio”.
“É o nosso mini-torneio, não é? No fundo era esse o meu objetivo, passar ao quadro principal. Agora é aproveitar ao máximo e desfrutar, porque é tudo uma experiência nova para mim”, diz Nuno Borges à Tribuna Expresso, numa conversa em vésperas da estreia, este domingo, frente a Karen Khachanov.
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