O tenista espanhol tem-se debatido com uma lesão crónica no pé e, apesar de ter admitido que se surpreendeu com o nível demonstrado por si no encontro épico frente a Novak Djokovic, Nadal deixou no ar palavras que alimentam especulações sobre a continuidade da sua longa e recheada carreira
Rafael Nadal deixou no ar palavras enigmáticas depois de bater o rival Novak Djokovic, em Roland-Garros. “Não sei o que se passará depois deste torneio”, disse o de Manacor, na ilha de Maiorca, depois de um encontro épico que venceu de uma forma que aparentemente o surpreendeu: “No dia em que mais precisava, consegui um nível que pensava não ter”.
Foram vários os esgares no rosto de Nadal ao longo do jogo que começou na terça-feira e terminou perto das duas da madrugada desta quarta-feira. O vencedor de 21 Grand Slams tem lutado contra uma lesão crónica no pé, causada pelo síndrome de Müller-Weiss.
Depois de agradecer aos fãs que, claramente, pendiam para o seu lado, Rafa disse aos jornalistas: “A sensação de jogar este torneio, com este apoio, é muito difícil de descrever”. Quanto às mazelas que transporta consigo, o espanhol não quis aprofundar o tema, de acordo com o “El País”.
“Se não for capaz de encontrar uma solução ou alguma melhora, tudo se tornará muito mais complicado. (…) Falamos depois do torneio e vocês vão perceber melhor”, disse Nadal, acrescentando: “Não sei o que se irá passar depois [de Roland-Garros]. Penso que posso competir e depois veremos como fica tudo. Agora não é altura para explicações”.
Rafael Nadal admitiu que os últimos três meses foram difíceis e que a sua equipa técnica o tem ajudado a continuar.
Em Indian Wells, em março, frente a Carlos Alcaraz, o tenista sofreu uma fissura na costela que o afastou da competição durante um mês e meio. O pé do costume deu sinais em Roma, a 10 dias de Roland-Garros. Ao chegar ao recinto de Roland-Garros, Nadal disse: “Tenho a certeza de que aqui [o pé] não me vai chatear”. Na quarta-feira de madrugada, feliz pela vitória frente a Djokovic, o maiorquino lembrou: “Ainda não ganhei nada”.
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