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Os ídolos tornaram-se adversários: como o andebol português voltou a dar pulos

Os festejos encarnados na Altice Arena após a épica vitória na final da segunda prova europeia frente ao Magdeburg, campeão alemão
Os festejos encarnados na Altice Arena após a épica vitória na final da segunda prova europeia frente ao Magdeburg, campeão alemão
Gualter Fatia/Getty Images
A vitória do Benfica na Liga Europeia é mais um capítulo do regresso do andebol português à elite, após anos de afastamento e de problemas que Chema Rodríguez, treinador do Benfica, e Carlos Resende, lenda da modalidade, explicam à Tribuna Expresso

“Há dias, numa entrevista, Belone [Moreira, jogador do Benfica] dizia que é como se tivéssemos ganhado ao Real Madrid, ao Manchester City, ao Manchester United, ao Chelsea, a todas estas equipas.” É desta forma que Chema Rodríguez, o espanhol que treina o Benfica há duas temporadas, tenta explicar ao Expresso a magnitude daquilo que diz ser “histórico dentro do andebol português, dentro do Benfica e dentro do andebol europeu”. No final do mês passado, os encarnados conquistaram a Liga Europeia, a segunda prova continental, o feito mais importante da história do andebol português de clubes, quase 30 anos depois daquela final da Champions que o ABC acabaria por perder para o Teka Santander.

A Liga Europeia não será a Cham­pions, mas, tal como no futebol, muitas das equipas que ali jogam poderiam perfeitamente andar pela elite. A redução do número de vagas na Liga dos Campeões levou vários emblemas poderosos para a segunda prova, e na caminhada até à final o Benfica eliminou potências como os alemães do Rhein-Neckar Lowen, ficou à frente do Nantes na fase de grupos e eliminou outra equipa francesa, o Toulouse, nos oitavos de final. Na final four, que se disputou em Lisboa, os queixos caídos ficaram ainda mais perto do chão: os encarnados bateram o Wisla Plock, a segunda equipa da Polónia, e, para escândalo europeu, na final o Magdeburg, campeão da mais poderosa liga da Europa, a alemã — e para muitos a melhor equipa da atualidade —, num emocionante prolongamento.

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