José Augusto Silva, magistrado do Ministério Público, poderá pronunciar-se, caso queira, sobre as acusações do processo E-toupeira a 29 de junho, data para a qual foram convocadas as alegações finais do caso segundo o despacho a que Tribuna Expresso teve acesso. José Augusto Silva, um dos quatro arguidos da acusação e a chamada 'toupeira' do processo, está indiciado 76 crimes, incluindo o de corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato ou violação de segredo de justiça.
O funcionário judicial a quem Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico da SAD do Benfica, admitiu ter pedido para aceder ilegalmente a vários processos — em dezembro último, ouvido no Campus da Justiça, confessou que se "[aproveitou] de um amigo" —, comparecerá perante o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa.
A fase de instrução do caso E-toupeira começou em novembro de 2018. A investigação provém de uma denúncia anónima, feita em 2017, à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. Nesse ano, a correspondência eletrónica de vários funcionários do Benfica começou a ser revelada, publicamente e no "Porto Canal", por Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto.
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