A World Rugby, entidade responsável pelo râguebi mundial, decidiu que os jogadores que sofram traumatismos cranianos durante um jogo ficarão, no mínimo, 12 dias afastados da competição. A alteração do protocolo entrará em vigor a 1 de julho. A partir dessa altura, a maioria dos jogadores diagnosticados com concussão falhará o jogo seguinte.
A decisão da World Rugby, noticia a "BBC", vem no seguimento das conclusões mais recentes de um grupo independente do organismo, encarregue de estudar especificamente o problema cerebral.
Os ativistas pelo bem-estar dos jogadores receberam com satisfação a decisão da World Rugby, mas disseram ao jornal “The Guardian” que esta “já vem tarde” e que “não é a solução ideal”. Até agora, o atleta pode voltar aos jogos uma semana após o diagnóstico de uma lesão na cabeça, caso passe no protocolo de regresso à competição. A partir do próximo mês, será proibido que esses indivíduos joguem no fim de semana seguinte, a não ser que tenham um historial satisfatório ao nível de lesões cerebrais e recebam o “ok” de um especialista independente.
“Nenhum jogador vai regressar antes do sétimo dia após a lesão,” garante a World Rugby. “A abordagem desenvolvida vai fazer com que jogadores com um historial de traumatismos cranianos, ou que sejam retirados de um jogo por sintomas óbvios de concussão, fiquem de fora por um mínimo de 12 dias, provavelmente falhando o próximo jogo”, acrescenta a organização.
Considera-se que um atleta tem historial de traumatismo craniano no caso de ter tido um diagnóstico do mesmo nos três meses anteriores, três concussões diagnosticadas nos últimos 12 meses, ter sido diagnosticado com cinco concussões na carreira ou tendo levado mais de 21 dias para recuperar de um traumatismo anterior.
Eanna Falvey, médica-chefe da World Rugby, disse à "BBC": “Vai ser uma nova mentalidade para treinadores e jogadores. (…) A World Rugby acredita firmemente que a evidência científica serve de apoio aos nossos protocolos, mas estamos continuamente a monitorizá-los e a testá-los para assegurar que são apropriados ao râguebi moderno”.
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