Djokovic entra a ganhar naquele que pode ser o seu último torneio de Grand Slam do ano: “Adoraria ir aos Estados Unidos, mas não é possível”

Kwon Soon-woo, o número 81 do ranking ATP, ainda conseguiu causar algum desconforto a Novak Djokovic, depois de vencer o segundo set do encontro inaugural do sérvio em Wimbledon, mas detentor do título acabou por levar a melhor, com os parciais de 6-3, 3-6, 6-3 e 6-4. Djokovic pretende ganhar o seu sétimo título em Wimbledon, o que o deixaria a apenas uma vitória do recorde masculino de Roger Federer.
O número três mundial, de 35 anos, é visto como o favorito a vencer o torneio, uma vez que Daniil Medvedev está ausente, proibido de jogar após a decisão de Wimbledon de negar a entrada a jogadores russos e bielorrussos, e Alexander Zverev está lesionado.
O resultado eleva a série de vitórias de Djokovic em Wimbledon para 22 jogos. Além disso, o sérvio torna-se o primeiro jogador, homem ou mulher, a registar 80 vitórias, em singulares, em todos os quatro torneios do Grand Slam.
"Já disse isto antes, mas este court é verdadeiramente especial. Para mim sempre foi o court em que sonhei jogar e ganhar e todos os meus sonhos de infância se tornaram realidade aqui, por isso é uma honra e prazer estar de volta ao court central", disse Djokovic à BBC.
O jogador comentou ainda a série de 80 vitórias: “Este desporto deu-me tudo, devo muito ao desporto e amo-o ainda com todo o meu coração. Sou tão dedicado como qualquer pessoa, já não sou um dos jovens mas o amor por este desporto ainda arde em mim e tento sempre jogar o meu melhor ténis nos Grand Slam e mostrar o meu melhor ténis nos melhores courts. Agora que estamos nas 80 [vitórias], vamos chegar às 100”.
Mas a vontade de jogar os torneios do Grand Slam não é suficiente. Se tudo continuar como está agora, Wimbledon será mesmo o último do ano para Djokovic, uma vez que não poderá jogar no Open dos Estados Unidos por não estar vacinado contra a covid-19. Algo que o tenista descreve como “uma motivação extra para fazer as coisas bem” em Londres.
"Espero poder ter um torneio muito bom, como fiz nas últimas três edições. Depois terei de esperar para ver. Adoraria ir aos Estados Unidos, mas não é possível. Já não há muito que eu possa fazer. Cabe ao governo dos Estados Unidos decidir se permitem ou não que pessoas não vacinadas entrem no país", disse Djokovic durante a conferência de imprensa de antevisão ao torneio de Wimbledon.
Um dos jornalistas presentes ainda tentou dizer ao tenista que tem tempo para se vacinar antes do torneio, mas quando lhe perguntou se tem a mente completamente fechada para essa opção, Djokovic respondeu apenas: “Sim”.
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