Rui Pinto volta a arrasar o Ministério Público

“As minhas denúncias e as revelações do Football Leaks não levaram à abertura de qualquer investigação em Portugal”
“As minhas denúncias e as revelações do Football Leaks não levaram à abertura de qualquer investigação em Portugal”
Tribuna Expresso
Quase um mês depois de ser acusado de 147 crimes, Rui Pinto voltou ao Twitter para acusar o Ministério Público de perseguir mais os denunciantes que os criminosos.
O alegado hacker começa por dizer que o MP montou, durante o mandato de Joana Marques Vidal, em 2018, uma equipa de três procuradoras para investigar as atividades ilícitas no futebol, mas que duas delas estão a “investigar e perseguir quem faz as denúncias”.
Rui Pinto foi acusado pelo Ministério Público por um crime de extorsão na forma tentada, 75 de acesso ilegítimo, um de sabotagem informática e 70 de violação de correspondência (sendo sete destes agravados). Pinto está a ser ainda visado por advogados e a empresa Doyen, que pedem indemnizações (AQUI).
O texto na íntegra:
Em 2018, a então Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, criou uma equipa constituída por três procuradoras, com o objetivo inicial de investigar factos passíveis de integrar crimes praticados no âmbito da atividade de competição desportiva no futebol.
Hoje em dia, dessas três procuradoras, apenas Ana Catalão investiga na plenitude esse tipo de crimes. As outras duas, Patricia Barão e Vera Camacho, encontram-se a investigar e perseguir quem faz as denúncias.
Dos 12 inquéritos, nas mãos dessa equipa, e mencionados no ponto 389 da acusação, a esmagadora maioria encontra-se completamente estagnada. Os poucos que funcionam a todo o gás dizem respeito à perseguição e criminalização dos denunciantes por parte dessas duas procuradoras.
Para além disso, as minhas denúncias e as revelações do Football Leaks não levaram à abertura de qualquer investigação em Portugal.
É notório que as motivações que levaram à constituição dessa equipa foram a dada altura completamente desvirtuadas.
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