Football Leaks

Decisão sobre crimes pelos quais Rui Pinto irá a julgamento agendada para 13 de janeiro

Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto
Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto
Pedro Nunes

"Não tenho dúvidas de que Rui Pinto contribuiu para a moralização do futebol", sublinhou o advogado Francisco Teixeira da Mota

Decisão sobre crimes pelos quais Rui Pinto irá a julgamento agendada para 13 de janeiro

Miguel Prado

Jornalista

A juiza de instrução criminal Cláudia Pina fixou a data de 13 de janeiro para anunciar a sua decisão sobre os crimes pelos quais Rui Pinto terá de responder em tribunal e ainda se o advogado Aníbal Pinto irá também a julgamento.

A data foi determinada no final do debate instrutório desta quarta feira, em Lisboa, onde os advogados de defesa de Rui Pinto e de Aníbal Pinto foram ouvidos, bem como os advogados de várias entidades cujos sistemas informáticos e emails foram atacados, como a Doyen, PLMJ e Federação Portuguesa de Futebol.

O Sporting, que em 2015 também apresentou uma queixa contra o site Football Leaks, foi a única entidade ofendida neste processo que não quis prestar qualquer depoimento durante o debate instrutório.

À saída da sessão, no Campus de Justiça, o advogado Francisco Teixeira da Mota, que representa Rui Pinto, mostrou estar tranquilo quanto aos argumentos invocados para defender a nulidade da maior parte das acusações. E valorizou o contributo de Rui Pinto para várias investigações em curso na Europa.

"Não tenho dúvidas de que Rui Pinto contribuiu para a moralização do futebol", sublinhou Francisco Teixeira da Mota.

Durante o debate instrutório, a advogada Sofia Branco, que representa a Doyen, enfatizou os crimes alegadamente cometidos por Rui Pinto e a gravidade dos atos que lhe são imputados. "Rui Pinto não denunciou crimes, selecionou contratos que tornou públicos e que nada de ilegal têm", afirmou a advogada. Que também rejeitou qualquer semelhança entre as situações de Rui Pinto e de Edward Snowden ou Julian Assange.

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