Decisão sobre crimes pelos quais Rui Pinto irá a julgamento agendada para 13 de janeiro

"Não tenho dúvidas de que Rui Pinto contribuiu para a moralização do futebol", sublinhou o advogado Francisco Teixeira da Mota
"Não tenho dúvidas de que Rui Pinto contribuiu para a moralização do futebol", sublinhou o advogado Francisco Teixeira da Mota
Jornalista
A juiza de instrução criminal Cláudia Pina fixou a data de 13 de janeiro para anunciar a sua decisão sobre os crimes pelos quais Rui Pinto terá de responder em tribunal e ainda se o advogado Aníbal Pinto irá também a julgamento.
A data foi determinada no final do debate instrutório desta quarta feira, em Lisboa, onde os advogados de defesa de Rui Pinto e de Aníbal Pinto foram ouvidos, bem como os advogados de várias entidades cujos sistemas informáticos e emails foram atacados, como a Doyen, PLMJ e Federação Portuguesa de Futebol.
O Sporting, que em 2015 também apresentou uma queixa contra o site Football Leaks, foi a única entidade ofendida neste processo que não quis prestar qualquer depoimento durante o debate instrutório.
À saída da sessão, no Campus de Justiça, o advogado Francisco Teixeira da Mota, que representa Rui Pinto, mostrou estar tranquilo quanto aos argumentos invocados para defender a nulidade da maior parte das acusações. E valorizou o contributo de Rui Pinto para várias investigações em curso na Europa.
"Não tenho dúvidas de que Rui Pinto contribuiu para a moralização do futebol", sublinhou Francisco Teixeira da Mota.
Durante o debate instrutório, a advogada Sofia Branco, que representa a Doyen, enfatizou os crimes alegadamente cometidos por Rui Pinto e a gravidade dos atos que lhe são imputados. "Rui Pinto não denunciou crimes, selecionou contratos que tornou públicos e que nada de ilegal têm", afirmou a advogada. Que também rejeitou qualquer semelhança entre as situações de Rui Pinto e de Edward Snowden ou Julian Assange.
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