Rui Pinto, alegado hacker, criador da plataforma "Football Leaks" e também responsável pelos "Luanda Leaks", irá sair ainda hoje das instalações da Polícia Judiciária, onde se encontrava em prisão domiciliária, e vai aguardar pelo julgamento em liberdade.Está obrigado a apresentar-se semanalmente nas instalações da polícia mas a partir de agora passa ter acesso à internet.
A juiz-presidente do coletivo, Margarida Alves, acedeu ao pedido dos advogados de defesa de Rui Pinto que, há semanas, apresentaram um pedido para que o acusado ficasse sob Termo de Identidade e Residência, com apresentações periódicas às autoridades. Na base do requerimento estaria a colaboração de Rui Pinto com a Justiça, que o próprio diretor do DCIAP havia elogiado, numa carta a 14 de julho, dirigida ao processo.
"Cumpre-me confirmar a colaboração efetiva do arguido Rui Pinto. Efetivamente, e segundo a informação que recolhi acerca da evolução das diversas investigações em curso, nomeadamente do Exmo. sr. coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica, o mesmo arguido tem demonstrado disponibilidade total e espontânea para o apuramento da verdade”, escreveu Albano Pinto.
O diretor da PJ, Luís Neves, também informou o juiz que Rui Pinto estava a colaborar com a justiça o que terá sido decisivo para sua libertação. O alegado hacker que esteve privado de liberdade desde março de 2019, quando foi preso e extraditado da Hungria, onde estava a viver. O MP voltou a opôr-se à sua libertação.
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