A advogada da Doyen pediu esta quinta-feira em tribunal que o mais recente registo criminal de Nélio Lucas seja junto ao processo de Rui Pinto. Sofia Ribeiro Branco explicou que isso "serve de contraprova à contestação (de Rui Pinto) de que o senhor Nélio Lucas tem no registo criminal vários crimes".
De facto, o mais recente registo criminal, de 2019, está limpo, mas o mesmo não acontece com anteriores registos criminais de Nélio Lucas, que incluem vários processos, incluindo por passagem de cheques sem cobertura: em março de 2000, foi caçado a conduzir sem carta e pagou uma multa de €319; em novembro de 2000, passou um cheque sem cobertura e pagou uma multa de €600; a 29 de novembro de 2000, passou outro cheque sem cobertura e pagou uma multa de €720; em 2002, cometeu um delito fiscal, foi julgado pelo mesmo em 2005 — e pagou uma multa de €1190 em maio de 2007.
Esse passado do antigo sócio e presidente da Doyen é referido pela defesa de Rui Pinto na sua contestação à acusação por 90 crimes e o advogado Francisco Teixeira da Mota defendeu esta quinta-feira que se o mais recente registo criminal de Nélio Lucas for junto ao processo, também os registos anteriores têm de ser incluídos, o que teve a concordância do coletivo de juízes.
Nélio Lucas comentou no julgamento: "Desculpem, mas sou eu que estou a ser julgado?".
A juíza Margarida Alves respondeu então que a questão do mais recente certificado de registo criminal foi invocada pela sua própria defesa.
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