Fórmula 1

Rejeitados ambos os protestos apresentados pela Mercedes: Max Verstappen mantém o título mundial (mas ainda há recursos)

Rejeitados ambos os protestos apresentados pela Mercedes: Max Verstappen mantém o título mundial (mas ainda há recursos)
Ali Haider

A FIA não deu seguimento às queixas da Mercedes, que argumentava que os artigos 48.9 e 48.12 do regulamento de corridas haviam sido violados, e por isso o neerlandês continua a ser o campeão mundial. As decisões ainda são, no entanto, passíveis de recurso - e a Mercedes deverá fazê-lo

Os dois protestos que a Mercedes apresentou à FIA após o final do GP Abu Dhabi, que terminou com Max Verstappen como vencedor e campeão do mundo, foram rejeitados e por isso o neerlandês mantém o título da Fórmula 1.

De recordar que a equipa de Lewis Hamilton acredita que foram violados os artigos 48.9 e 48.12 dos regulamentos de corrida, mas a FIA não deu razão à escuderia alemã. Ainda assim, as decisões são passíveis de recurso.

O primeiro protesto rejeitado diz respeito a uma aparente ultrapassagem que Verstappen terá feito a Hamilton ainda com o safety car em pista. Os comissários consideram que de facto o neerlandês “por um momento muito curto passou para a frente do carro 44 [Hamilton]”, numa altura em que ambos os carros estavam a “acelerar e travar”, mas que Verstappen voltou para trás do britânico e já não estava à sua frente quando período de safety car acabou.

A Mercedes contestava também as ordens do diretor de corrida Michael Masi, que apenas indicou a passagem dos carros dobrados que estavam entre Hamilton e Verstappen para a frente do safety car quando, de acordo com os regulamentos, todos os carros atrasados o devem fazer. Caso todos os carros o tivessem feito, o GP Abu Dhabi provavelmente teria acabado atrás do safety car e Hamilton seria campeão.

De acordo com o documento que relata a decisão, os comissários justificaram a rejeição deste apelo já que, também de acordo com os regulamentos, nomeadamente o artigo 15.3, o diretor de corrida tem poderes para gerir o período de safety car como melhor entender - e Masi justificou que há muito que está acordado até entre as equipas que todas as corridas devem terminar, tanto quanto possível, “no verde”, ou seja, sem ser atrás do safety car.

A Mercedes já terá, no entanto, dado início aos procedimentos para recorrer da decisão da FIA, tendo agora 72 horas para confirmar se vai para a frente com o apelo ou não - e o Mundial 2021 poderá muito bem acabar nos tribunais.

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