Não terá sido exatamente um esconder de jogo, mas a Red Bull não andou propriamente a mostrar-se nas três sessões de treinos livres para o GP Bahrain, a primeira prova do ano do Mundial de Fórmula 1. Verstappen não liderou qualquer uma das sessões e entre os especialistas em ler números e dados e comportamentos destes bólides falava-se de alguns problemas nas voltas rápidas para o carro austríaco, cujo forte, pelo menos nesta altura, seria mesmo o ritmo de corrida.
Pois bem, agora a doer, Max Verstappen começou o ano como acabou, marcando o tempo mais rápido na qualificação, afastando essa ideia - para muitos um wishful thinking - que haveria ainda coisas para afinar no RB20 em matéria tempo a uma volta.
O neerlandês garantiu a 33 pole da carreira, com 1.29,179, deixando Charles Leclerc (Ferrari) a 0,228s. Daí para baixo, muito equilíbrio: George Russell (Mercedes) liderará a segunda linha (a 0,306 de Verstappen) e a seu lado estará Carlos Sainz (Ferrari), a 0,328. Na conversa com Gianpiero Lambiase, seu engenheiro de pista, Verstappen sorriu e sublinhou que o tempo havia sido “bom o suficiente”, como quem sabe que o carro ainda dá mais.
Lewis Hamilton, a iniciar a última temporada na Mercedes antes da transferência para a Ferrari, esteve discreto: teve de suar para não ficar no Q1 e vai partir apenas de 9.°, confirmando as sensações pouco positivas do início da sessão, ele que até liderou o segundo treino livre na sexta-feira.
Desilusão esperada mas ainda assim sempre surpreendente da Alpine, com Esteban Ocon e Pierre Gasly a partirem da última linha.
A primeira corrida de 2024, que se disputará de forma extraordinária a um sábado, começa às 15h de Lisboa, com a noite a cair em Sakhir.
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