GP Países Baixos: Norris vence em casa de Verstappen e anima a reanimada luta pelo título
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O britânico da McLaren foi o melhor em Zandvoort, reduzindo para 70 pontos a diferença para Max na disputa pelo Mundial. O tricampeão do mundo não estava quatro corridas seguidas sem ganhar desde 2020, mas agora a série aumentou para cinco e, a nove provas do final, uma luta pelo título que há pouco parecia uma miragem está-se a construir. O 3.º foi para Leclerc
O que é isto? É mesmo o que parece? O que vemos é real ou algum truque, uma ilusão, uma fantasia? Ainda nos lembramos do que isto é ou temos de ir aos livros de história recordar o que significa?
Luta pelo título. É assim que se chama, não é? A falta de hábito dificulta a definição dos acontecimentos.
Quando Max Verstappen ganhou na Catalunha, aquele era o sétimo triunfo em 10 Grandes Prémios na temporada. Encadeando com a época anterior, o neerlandês vencera, então, 24 das últimas 28 provas que se disputaram.
Só que, a partir dali, algo de estranho aconteceu. Uma corrida sem vencer, duas, três, quatro. Desde 2020 que o tricampeão do mundo não estava tanto tempo sem subir ao lugar mais alto do pódio. Ainda nos lembramos do que isto significa? A recordação ficou, agora, mais nítida.
No Grande Prémio dos Países Baixos, as quatro provas sem vencer passaram a cinco. O grande culpado disso foi o perseguidor mais direto de Verstappen, o homem que nos tenta recordar que, sim, há uma luta pelo título com vida.
Em casa de Max, Lando Norris ganhou. O britânico da McLaren deu um passo importante para aquecer a luta pelo título, essa entidade que parecia morta mas que, agora, aparenta ter uma nova vida, um renascimento. Norris está, agora, a 70 pontos de Verstappen. Faltam nove Grandes Prémios.
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Norris partiu da pole position, mas o seu arranque foi ao seu estilo. Logo no começo, foi ultrapassado por Verstappen. Em seis vezes que partiu do 1.º lugar, o britânico nunca conseguiu concluir a volta inicial na frente do pelotão.
No entanto, Lando personificou na pista o que tem sido na classificação geral do Mundial. Um perseguidor com esperança, um homem a tentar não sair do retrovisor do grande dominador recente da modalidade. Assim, na volta 18, o britânico de 24 anos usou o DRS para ultrapassar o neerlandês de 26, superando-o perante o numeroso público neerlandês, que encheu os 105 mil lugares do circuito.
Max vinha de três vitórias seguidas em casa, mas esteve longe de voltar à liderança. Leclerc foi 3.º, no segundo pódio seguido para o monegasco da Ferrari.
Nos derradeiros 11 Grande Prémios, Norris terminou nos dois primeiros por sete ocasiões. Depois de cinco segundos lugares, esta é a segunda vitória do ano.
Luta pelo título. É isso que se desenha perante os nossos olhos, essa realidade que parecia acabada e, subitamente, renasceu, um conceito estranho vindo do passado para reanimar o 2024 da Fórmula 1.