Ver Lewis Hamilton quedar-se no Q2 da qualificação para o GP Hungria não era grande augúrio para a Ferrari na última prova antes da paragem do verão. Só que no Hungaroring não foi o mesmo correr no Q1, no Q2 e no Q3. E, no final, quem mais beneficiou das imprevisíveis mudanças de condições foi o seu colega de equipa, Charles Leclerc, a conseguir de forma surpreendente a sua primeira pole do ano e também a primeira de sempre na Hungria.
Se durante a primeira sessão de qualificação o sol era rei nos arredores de Budapeste, tudo mudou quando carregadas nuvens se aproximaram do circuito durante o Q2. Chegaram a cair algumas pingas de água, mas o céu não desabou. Porém, a chegada do vento e a queda da temperatura tornaram as condições mais aleatórias e incertas, tornando o aparente domínio da McLaren em algo bastante menos certo.
Seria assim Leclerc, qualificador exímio, a fazer o melhor tempo na derradeira e decisiva sessão, numa qualificação em que entre primeiro e terceiro (Lando Norris, que ficou atrás do companheiro Oscar Piastri) não houve mais do que 41 centésimos de segundo a fazer diferenças. A surpresa estava bem carimbada na reação do monegasco no rádio logo após saber que era o polesitter: “O quê? Mamma mia!”. Nem mais.
George Russell, da Mercedes, foi o 4.º e Fernando Alonso, que até falhou o primeiro treino livre a contas com uma lesão nas costas, fez o 5.º melhor tempo, numa excelente qualificação para a Aston Martin, que viu Lance Stroll fazer o 6.º tempo.
Menos razões para sorrir para a Red Bull, perdida durante todo o fim de semana em Hungaroring. Yuki Tsunoda não foi sequer ao Q2 e Max Verstappen não foi além do 8.º melhor tempo, atrás dos dois Racing Bulls satélites da casa-mãe. Gabriel Bortoleto corporizou o bom momento da Kick Sauber e vai partir de 7.º.
O GP Hungria arranca no domingo às 14 horas de Lisboa. E a chuva pode fazer uma aparição.
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