Fórmula 1

A estratégia de Lando Norris foi mais forte que os seus erros: britânico vence GP Hungria e aproxima-se de Piastri no Mundial

A estratégia de Lando Norris foi mais forte que os seus erros: britânico vence GP Hungria e aproxima-se de Piastri no Mundial
Mark Thompson

A vitória 200 da história da McLaren chegou pelas mãos do britânico, que falhou a largada, cometeu erros na corrida, mas tirou da cartola uma estratégia em contracíclo, que lhe valeu o triunfo no GP Hungria. Oscar Piastri ainda tentou ultrapassar o colega nas últimas voltas, mas quedou-se pelo 2.º lugar. George Russell (Mercedes) foi 3.º

Por vezes, não há nada mais a fazer do que arriscar. E o risco tomado por Lando Norris no GP Hungria deu frutos, os mais desejados, com o britânico a vencer a última prova antes da paragem de verão à base de uma estratégia arrojada, em contraciclo, que o ajudou a mitigar erros cometidos ao longo do fim de semana.

Partindo da segunda linha, o piloto da McLaren precipitou-se num ataque ao companheiro de equipas, Oscar Piastri, no arranque, perdendo posição para George Russell. Alguns subsequentes namoros com a gravilha mereceram mesmo reparos por parte do seu engenheiro-chefe, Will Joseph, mas a estratégia magicada na sua garagem definiria o desenlace da corrida. Ao contrário de Charles Leclerc, da Ferrari, que partiu da pole, e do seu colega Piastri, Lando optou por parar apenas uma vez, ao contrário das duas passagens pela box mais seguras, subindo à liderança depois da última dança de troca de pneus. 

Nas últimas voltas, houve luta em pista entre os dois pilotos da McLaren, discutindo entre si a que seria a 200.ª vitória da equipa na Fórmula 1. Queimando umas quantas travagens nas poucas oportunidades que o Hungaroring dá pra ultrapassar, o mais jovem da dupla e líder do campeonato, acabaria por não conseguir tirar partido dos pneus mais frescos.

 

Esta é a terceira vitória de Lando nas últimas quatro corridas, que corta agora para nove pontos (275) a diferença para Piastri (284), que se mantém na liderança do Mundial de pilotos. Para a Red-Bull, mais um fim de semana difícil: Max Verstappen foi apenas 9.º e Yuki Tsunoda ficou-se pelas catacumbas da classificação, em 17.º, num grande prémio de festa para Gabriel Bortoleto, jovem brasileiro que levou o Sauber até a um excelente 6.º posto.

Mas pesadelo, pesadelo estará a viver a Ferrari. Depois de uma qualificação paupérrima, Lewis Hamilton, que em declarações à imprensa, no sábado, autointitulou-se de “inútil”, afirmando mesmo que a Ferrari deveria trocar de piloto, não conseguiu entrar nos pontos - foi 12.º. Já Charles Leclerc queixou-se de tudo um pouco ao longo da corrida (do monolugar, da estratégia) e terminaria fora do pódio, ultrapassado por George Russell já nas últimas voltas. 

O Mundial de Fórmula 1 segue agora para uma paragem de três semanas, voltando no fim de semana de 30 e 31 de agosto para o GP Países Baixos. 

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: lpgomes@expresso.impresa.pt