Encontrar o sucessor de Maradona, o justo herdeiro da pesada camisa 10 alviceleste, tornou-se num fardo que muitos não foram capazes de suportar, não obstante o talento raro e a classe que espalhavam nos relvados. A Argentina ansiava por outro génio, um astro que conquistasse o mundo, um maestro que orientasse a seleção das "pampas" e Messi ainda não tinha chegado.
Assim aconteceu com Riquelme, D’Alessandro, mas sobretudo com Aimar. Todos ficaram aquém; El Pibe estava além de todos eles.
Maradona era — e continuará a ser — para a torcida do Boca Juniors o maior emblema do clube, enquanto Aimar é uma bandeira do River e ídolo de infância de Lionel Messi. Mas nem a rivalidade clubística fintava a amizade entre os dois.
Sobre Pablo, Diego disse, um dia, sem poupar nas palavras e no entusiasmo, que era “o único jogador por quem valia a pena pagar bilhete” para ver jogar.
As lesões traíram a carreira do mago e antigo camisa 10 do SL Benfica que, no dia da morte do mais mundano dos deuses do futebol, abriu o jogo para exaltar a importância que Maradona teve na sua vida.
“Quisemos ser como ele, mais do que um superherói”, escreveu o antigo “maestro” argentino no Twitter. “Descansa em paz, Diego Armando Maradona”, despediu-se, assim, Aimar.
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