Há alguma nostalgia no regresso do melhor jogador português de todos os tempos ao local onde se começou a transformar na lenda que é hoje. Mas há marcadas diferenças no Cristiano que chega e no Ronaldo que hoje regressa. É certo que foi nos vermelhos de Manchester que começou a sua transformação de extremo driblador para avançado goleador, mas não menos certo é que não só, fruto dessa transformação, ele é hoje um jogador completamente diferente, e que necessita de ser aproveitado em contextos bem diferentes dos que fizeram dele um monstro do futebol.
Também o clube perdeu força e estatuto, e hoje já não é um favorito a vencer todas as provas em que participa, por ter sido ultrapassado por Liverpool, Chelsea e Manchester City.
Pela força do contexto, o United é hoje uma equipa a fazer o caminho de chegada aos títulos, e também o CR7, apesar do estatuto de extraterrestre, não tem aos 36 anos o mesmo fulgor de outrora. Por isso, é importante que tanto os responsáveis do Man. United como a maior lenda de Portugal reconheçam que já não pode ser ele referência singular de uma equipa, mas sim que deverá fazer parte de um conjunto soluções onde ele é singular na finalização. Importa, portanto, falar do que a equipa de Ole Gunnar Solskjaer apresenta dentro das quatro linhas.
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