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Arábia Saudita desistiu de apresentar candidatura ao Mundial de 2030. Espanha e Portugal com cada vez mais hipóteses

Arábia Saudita desistiu de apresentar candidatura ao Mundial de 2030. Espanha e Portugal com cada vez mais hipóteses
GABRIEL MONNET

Imprensa espanhola avança que Arábia Saudita não irá avançar com candidatura com a Grécia e Egito. “Pujança” da candidatura que começou por ser ibérica, e à qual se juntaram Ucrânia e Marrocos, terá sido razão para o recuo - e a entrada da federação africana no projeto foi decisiva

A candidatura ibérica ao Mundial de 2030, à qual se juntam Marrocos e Ucrânia, terá perdido um possível adversário de peso. Os jornais “Marca” e “El Español” avançam que a Arábia Saudita terá desistido de apresentar uma proposta para organizar o Campeonato do Mundo de 2030 e que o Ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Faisal bin Farhan Al Saud, já terá mesmo contactado os responsáveis de Grécia e Egito, com quem formariam aliança na candidatura, a informar da desistência do projeto.

Em termos muito semelhantes, os dois jornais espanhóis sublinham que a Arábia Saudita terá baixado os braços perante a “pujança” da candidatura ibérica “dando-se conta do caminho” que a federação espanhola e portuguesa “estão a fazer e a vantagem que levam em todos os aspetos depois de anos de trabalho sério e silencioso”.

Junho é a data limite para apresentação de candidaturas ao Mundial de 2030 e, para já, apenas a candidatura sul-americana, de Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile, está confirmada como adversária de Portugal, Espanha, Marrocos e Ucrânia.

Uma candidatura da Arábia Saudita com Grécia e Egito - com o país do Médio Oriente, alegadamente, a cobrir boa parte das despesas de obras em infra-estruturas - poderia dividir os votos das federações europeias, africanas e do Médio Oriente, embora Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, tenha afirmado em abril que a candidatura ibérica era “a candidatura UEFA”. No mesmo mês, o ministro da juventude e desporto do Egito tinha também sublinhado em entrevista que o país não avançaria para uma candidatura.

Conhecida que era a intenção da Arábia Saudita entrar na corrida à organização do Mundial 2030, a comissão de candidatura ibérica, liderada por António Laranjo, antigo diretor do Euro 2004, convidou Marrocos, nação que aglutinaria os votos das federações africanas e do mundo árabe. Face a este novo contexto, a Arábia Saudita recuou.

A proposta de Portugal, Espanha, Marrocos e Ucrânia parece, assim, cada vez mais perto de reunir apoio significativo para a votação, que acontecerá no congresso da FIFA no início de 2024. Como principal ponto forte, a candidatura da América do Sul terá motivos históricos: 2030 marca o centenário do primeiro Mundial, organizado então pelo Uruguai.

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