Uma fotografia para acalmar os ânimos. Parece ter sido essa a intenção da federação espanhola, pouco antes do sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Com os olhos do futebol europeu centrados no Mónaco, à espera do que as bolinhas decidirem, Pedro Rocha, presidente interino da federação do outro lado da fronteira, e Fernando Gomes encontraram-se no principado. E uma publicação nas redes sociais mostra a vontade espanhola em normalizar a imagem institucional a meio do terramoto provocado pelo beijo, e consequentes ações, de Luis Rubiales a Jenni Hermoso.
Após a suspensão de Rubiales, Pedro Rocha foi o homem que assumiu, de forma interina, a federação espanhola. Num texto publicado na sua página oficial, a entidade sediada em Madrid escreve que a união entre Portugal e Espanha, numa candidatura ao Mundial 2030 também com Marrocos e Ucrânia, está “por cima de pessoas ou circunstâncias pontuais”, sendo uma “prioridade” para ambas as federações.
Esta postura, afastando a polémica em torno de Rubiales da proposta para acolher a máxima competição em 2030, enquadra-se no que tem sido dito em ambos os lados da fronteira.
João Paulo Correia, secretário de Estado da juventude e desporto, disse que a candidatura não estava “em causa” porque o projeto é “independente de quem ocupa os cargos”. Em Madrid, Miquel Iceta, ministro da cultura e desporto, revelou que o governo espanhol já estabeleceu “os pertinentes contactos com a FIFA”, porque não há a intenção de “largar” a candidatura.
A decisão sobre quem acolherá o Mundial 2030 será anunciada no último trimestre de 2024.
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