Apesar do mau arranque de época da Roma, o técnico está “comprometido” com o “trabalho" nos italianos, mas olha para um futuro no Médio Oriente. "Quero sentir o desenvolvimento que está a acontecer lá", diz, classificando a competição na Arábia Saudita como “forte”
Jornalista
Itália acordou, este sábado, com uma notícia de grande impacto: segundo o “Corriere dello Sport”, José Mourinho poderá ser despedido pela Roma caso a equipa da capital perca frente ao Cagliari, no domingo.
Os maus resultados do arranque de temporada dos giallorossi, com duas vitórias, dois empates e três derrotas nas Série A, terão levado os donos da clube a ponderar uma decisão que até há pouco parecia fora de hipótese. Mas, alheio a essa especulação, o técnico já olha para o futuro.
Numa entrevista ao “MBC Egypt TV”, Mourinho expressou “a certeza” de que treinará na Arábia Saudita. Apesar de assegurar estar “comprometido” com o “trabalho” na Roma, por quem dará “tudo até ao último dia”, o português assegura que irá “trabalhar na Arábia Saudita, decididamente”.
No verão, José Mourinho anunciou ter recusado uma oferta que classificou como “proposta louca” vinda do país do Médio Oriente. Segundo a imprensa italiana, o Al-Hilal ofereceu €30 milhões ao técnico. Agora, o setubalense diz que as portas continuam “abertas” na Arábia Saudita.
Refletindo sobre os últimos meses, durante os quais grandes nomes do futebol europeu rumaram ao Médio Oriente, o português destacou o papel de um seu compatriota. “ O Cristiano Ronaldo foi o primeiro a ir e deu logo uma perspetiva diferente. Os jogadores pensaram ao início que seria apenas ele, mas no mercado perceberam que estava tudo a mudar”, indicou.
Há, neste momento, seis técnicos portugueses na liga da Arábia Saudita. Luís Castro orienta o Al-Nassr, Jorge Jesus o Al-Hilal, Nuno Espírito Santos o Al-Ittihad, Pedro Emanuel o Al-Khaleej, Jorge Mendonça o Al-Akhdoud e Filipe Gouveia o Al-Hazem.
José Mourinho afirma querer “sentir o desenvolvimento que está acontecer lá”, considerando a liga do país “forte”. “Também a Liga dos Campeões da Ásia é muito interessante”, definiu o treinador de 60 anos.
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