A possibilidade de um jogador amarelado ficar 10 minutos fora de campo é uma das recomendações saídas da última reunião do International Board, que quer também ampliar a influência do VAR
Expresso
Foi uma imagem comum no Mundial de râguebi e um fator de dúvida para quem não acompanhava tanto a modalidade. O que faziam sentados numa espécie de cadeira do castigo os jogadores admoestados com cartão amarelo? No jogo da oval, há duas hipóteses: ou o jogador fica 10 minutos de “molho” antes de voltar ao jogo ou, em caso de infração mais grave, o cartão amarelo pode ser mesmo transformado em vermelho após revisão das imagens.
Esta realidade pode, em parte, chegar em breve ao futebol. A IFAB, comumente conhecida por International Board, que define e supervisiona as leis do jogo, recomendou após reunião na última terça-feira a possibilidade de se introduzir exclusões temporárias, algo que, aliás, já foi experimentado, e com sucesso, no futebol de formação nas últimas épocas.
Desde 2019/20, após uma recomendação também da IFAB, as exclusões temporárias foram tentadas em várias ligas jovens inglesas, emulando o râguebi, também com os jogadores a ficarem impedidos de voltar ao jogo durante 10 minutos. Dados da Football Association, organismo que rege o futebol inglês, o número de casos disciplinares baixou 38%. A recomendação da IFAB de que as exclusões temporárias sejam agora tentadas num nível superior acontece num ano em que o futebol inglês registou um grande aumento de eventos de disciplina, diz o “Guardian”.
Pierluigi Collina, homem forte da arbitragem da FIFA e membro do IFAB, sublinhou que a experiência no futebol amador foi “categórica” pelo que está na hora de ir mais longe, “para um nível profissional”.
Outra das alterações que a IFAB quer ver como realidade é limitar a aproximação ao árbitro em certos momentos do jogo apenas ao capitão de equipa.
Da reunião do IFAB saíram também novas recomendações para a utilização do VAR, que poderiam ampliar o seu raio de ação, nomeadamente na decisão de cantos ou de amostragem de cartões amarelos.
Para já, nenhuma destas recomendações é vinculativa e decisões finais serão confirmadas apenas na reunião anual do IFAB, que vai decorrer em março.
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