A malapata de José Peseiro e da Nigéria, derrotados na final da CAN pela Costa do Marfim
FRANCK FIFE/Getty
Quase 20 anos depois, o treinador português voltou a perder uma final, desta feita com a seleção nigeriana, que perdeu para os anfitriões da Taça das Nações Africanas, a Costa do Marfim, por 2-1
A Costa do Marfim sagrou-se hoje campeã africana de futebol, batendo a Nigéria de José Peseiro por 2-1 na final da Taça das Nações Africanas (CAN2023), que os 'elefantes' erguem pela terceira vez, após 1992 e 2015.
A jogar a competição continental em casa, os marfinenses viram-se a perder aos 38 minutos, quando Troost-Ekong marcou para a Nigéria, mas conseguiram a 'remontada' no segundo tempo, com Frank Kessié a igualar, aos 62, e Sébastian Haller a marcar o golo da vitória, aos 81.
A Nigéria, orientada pelo técnico português José Peseiro, fez alinhar o portista Zaidu Sanusi durante os 90 minutos, enquanto o boavisteiro Chidozie não saiu do banco de suplentes.
Por sua vez, Ousmane Diomande, defesa central do Sporting, não fez parte das opções do lado costa-marfinense.
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Galvanizada pelo seu público, a equipa da casa tomou conta das incidências da partida, perante uma seleção da Nigéria mais resguardada defensivamente e, aos 34 minutos, esteve muito próxima do golo, quando Simon Adingra, a passe de Kessié, permitiu uma grande intervenção ao guardião nigeriano.
Porém, contra a corrente do encontro, seriam os nigerianos a inaugurar o marcador, quatro minutos depois, pelo central Troost-Ekong, que ganhou um cabeceamento no coração da área, após um desvio anterior que amorteceu a bola, na sequência de um pontapé de canto, e bateu Fofana para fazer o 1-0.
O segundo tempo trouxe uma mudança de paradigma, com a Nigéria gradualmente a perder o rigor defensivo que conseguiu demonstrar na primeira metade, permitindo mais aproximações da Costa do Marfim.
O golo do empate surgiu por Kessié, também através de um canto, no qual o médio dos sauditas do Al-Ahli apareceu completamente livre de marcação ao segundo poste, quando se jogavam 62 minutos.
As 'águias' pareciam quebrar fisicamente, fruto de uma campanha exigente que ia para os seus minutos finais, e Sebástian Haller decidiu para os anfitriões, a nove minutos do fim do período regulamentar, com o avançado do Dortmund a finalizar clinicamente o cruzamento de Adingra e a consumar a reviravolta.
Após um início conturbado de competição - duas derrotas na fase de grupos, uma delas contra a própria Nigéria (1-0) -, que resultou numa mudança de treinador para as eliminatórias, os 'elefantes' venceram em casa o seu terceiro troféu continental.