Futebol internacional

“Dava gosto trabalhar com Eriksson. Juntava a valia técnica à sua simpatia. Era um bom comandante, do estilo liberal”

“Dava gosto trabalhar com Eriksson. Juntava a valia técnica à sua simpatia. Era um bom comandante, do estilo liberal”
Neal Simpson - EMPICS

Rui Águas recorda Sven-Göran Eriksson, com quem ganhou um campeonato pelo Benfica em 1990/91, como um treinador tranquilo e simples, que não precisava andar aos gritos

Rui Águas (depoimento recolhido por Alexandra Simões de Abreu)

"O Eriksson foi dos treinadores com quem mais gostei de trabalhar porque juntava a sua valia técnica à simpatia e à sua educação. Era uma pessoa diferente nesse aspeto.

Nesta parte final, sabendo que a morte estava perto, a forma como tratou do assunto publicamente foi de acordo com a sua personalidade e postura de sempre.

Era uma pessoa muito simples, tranquila, pelo menos aparentemente, e dava gosto trabalhar com ele. Era um bom comandante, do estilo liberal. Os bons lideres não precisam de andar aos gritos para se perceber que o são e ele era um exemplo.

Para além de não andar aos gritos, ainda tinha uma intervenção muito original, muito amigável sempre, muito atenta e carinhosa. Também eram tempos felizes, de vitórias. Eram equipas também coletivamente mais fortes e juntas e tudo isso ajudava. Éramos quase todos da mesma nacionalidade, só havia três, quatro colegas estrangeiros, a comunicação era fácil.

Mas nem nas alturas menos tranquilas ele saiu do seu registo."

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt