"O Eriksson foi dos treinadores com quem mais gostei de trabalhar porque juntava a sua valia técnica à simpatia e à sua educação. Era uma pessoa diferente nesse aspeto.
Nesta parte final, sabendo que a morte estava perto, a forma como tratou do assunto publicamente foi de acordo com a sua personalidade e postura de sempre.
Era uma pessoa muito simples, tranquila, pelo menos aparentemente, e dava gosto trabalhar com ele. Era um bom comandante, do estilo liberal. Os bons lideres não precisam de andar aos gritos para se perceber que o são e ele era um exemplo.
Para além de não andar aos gritos, ainda tinha uma intervenção muito original, muito amigável sempre, muito atenta e carinhosa. Também eram tempos felizes, de vitórias. Eram equipas também coletivamente mais fortes e juntas e tudo isso ajudava. Éramos quase todos da mesma nacionalidade, só havia três, quatro colegas estrangeiros, a comunicação era fácil.
Mas nem nas alturas menos tranquilas ele saiu do seu registo."
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