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Futebol internacional

A FIFA mostrou os estádios onde se vai jogar o Mundial de Clubes. Ainda lhe falta que o futebol se entusiasme com a sua invenção

A FIFA mostrou os estádios onde se vai jogar o Mundial de Clubes. Ainda lhe falta que o futebol se entusiasme com a sua invenção
Theo Wargo

A oito meses do seu reformulado torneio garantir que 2025 seja mais um ano em que haverá uma prova a adiar as férias dos jogadores, a FIFA desvendou, no sábado, os 12 recintos que vão acolher as partidas do novo Mundial de Clubes. Por enquanto, nada se sabe acerca de locais de treino para as equipas, de patrocinadores ou dos direitos televisivos da competição com que a entidade procura alargar as suas fontes de receita

Gianni Infantino deixou a camisa e a gravata no armário. Vestido de calças largas e casaco largo, o preto a cor dominante, divergindo com umas sapatilhas brancas nos pés, apareceu em versão street casual no palco montado no Central Park, em Nova Iorque, de microfone em punho. Despido do ar empresarial que impera na FIFA, um reino senhorial de executivos do futebol, o presidente da organização que congrega todas as federações nacionais, Infantino não se conteve nas palavras que soltou para vender o seu mais recente peixe: “O futebol é a modalidade mais popular do planeta e, em 2025, uma nova era vai começar quando a FIFA organizar o maior torneio, o mais inclusivo e baseado no mérito aqui mesmo nos EUA.”

Rodeado por celebridades no evento, falando até ao lado do ator Hugh Jackman, uma das caras afamadas de Hollywood, o líder da FIFA pulou de cabeça para o interior da carruagem do entusiasmo. O tema era o novo Mundial de Clubes, previsto para o próximo verão. “Esta nova competição é o único verdadeiro exemplo no mundo de futebol de clubes com solidariedade e inclusão reais”, explicou, cheio de otimismo, “por permitir que as melhores equipas de África, Ásia, América do Norte e Central, e Oceânia joguem contra as poderosas equipas da Europa e América do Sul”. Gianni Infantino vendia, na noite de sábado, a sua “incrível” prova.

A ocasião servia para responder aos insistentes e recentes apelos por mais informação. A menos de oito meses de arrancar, em junho de 2025, quase nada se concreto se sabia acerca do reformulado torneio da FIFA além de passar a realizar-se a cada quatro anos, ter sido expandido a 32 equipas e ajeitar-se num novo formato, que as repartirá por grupos de quatro antes de irem para uma fase a eliminar.

Na véspera de Infantino, versão descontraída, subir a um palco ao ar livre em Nova Iorque, uma fonte da FIFA negou à Tribuna Expresso haver algum fundo de verdade na notícia da “Gazzeta dello Sport”, que deu conta da ausência de propostas feitas à entidade para adquirir os direitos televisivos da prova nas regiões das Américas, Norte de África, Médio Oriente e Ásia. O prazo limite para submeter ofertas esgotou-se a 24 de agosto.

E não foi em Nova Iorque que a FIFA deu novidades neste campo.

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