Foram quase duas horas algures entre o embaraçoso - deixar que o neto de Trump iniciasse o sorteio é capaz de ter sido o momento mais baixo - e o business as usual, mas o sorteio do primeiro Mundial de Clubes, a prova que Gianni Infantino idealizou e não parou até a tirar do papel, está terminado.
Desportivamente falando, o FC Porto pode sonhar com a qualificação, ainda que o Palmeiras, de Abel Ferreira, seja sempre uma equipa competitiva e o Al Ahly esteja mais que habituado a contextos adversos. O Inter Miami pode enganalar-se com o efeito Lionel Messi.
Já o Benfica terá dois históricos pela frente, o Bayern Munique e o Boca Juniors. O Auckland City, da Nova Zelândia, é o bom bom do sorteio para os encarnados, que ainda assim têm legitimas aspirações a seguir em frente.
Artur Jorge e o seu Botafogo terão no o Grupo B uma montanha difícil de escalar, com Paris Saint-Germain e Atlético Madrid, além dos Seattle Sounders. O Al Ain de Leonardo Jardim também pode queixar-se da sorte, num grupo com Manchester City e Juventus, além dos marroquinos do Wydad AC. Jorge Jesus reencontra o Real Madrid, agora com o Al Hilal, num grupo com o Pachuca e o RB Salzburgo. O técnico português tem aqui boa oportunidade de levar os campeões sauditas à fase a eliminar.
De resto, vários momentos constrangedores, como ver Arsene Wenger incomodadamente a tentar dançar ritmos latinos, e até melindrosos, como foram as várias referências e surgimentos de Donald Trump e sua família - e é bem que nos recordemos que Trump ainda não é presidente dos Estados Unidos.
Mas que importa isso: daqui a seis meses, centenas de jogadores, em vez de aproveitarem o descanso para recarregar baterias para a época seguinte, estarão de novo durante um mês a estender a sua temporada, para os seus clubes e a FIFA ganharem mais uns tostões. É o que é.
Boas noites a todos e que viva la FIFA!