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Ruben Amorim tem três anos para triunfar no Manchester United, palavra de um dos donos do clube

Ruben Amorim tem três anos para triunfar no Manchester United, palavra de um dos donos do clube
Vince Mignott/MB Media

A nova temporada não começou bem para Amorim em Old Trafford, mas Jim Ratcliffe diz que o treinador português tem tempo para mostrar que é o treinador certo para o clube

Os números não impressionam. Ruben Amorim chegou em novembro ao Manchester United, deixando em Lisboa um Sporting invicto na I Liga, a brilhar na Champions e a caminho de um bicampeonato com ares de previsível, para, desde aí ter apenas 19 vitórias em 50 jogos pelos red devils, que na época passada terminaram a Premier League em 15.º lugar, a pior classificação se sempre do United desde 1974. 

Este ano, já com contratações com o dedo do português, o cenário não melhorou: em sete jogos na Premier League, o Manchester United tem apenas três vitórias e é 10.º na tabela. Pelo meio, uma humilhante eliminação da Taça da Liga pelo modesto Grimsby Town, da quarta divisão. Os rumores de despedimento surgiram antes da última jornada da liga inglesa, mas o triunfo frente ao Sunderland deu mais tempo ao treinador português de 40 anos. 

Que, atendendo às palavras de um dos proprietários do Manchester United, Jim Ratcliffe, poderá estar descansado mais algum tempo. No podcast The Business, do jornal “Times”, o empresário britânico sublinhou que Amorim, descrito por Ratcliffe como “um bom rapaz”, tem três anos para provar que é treinador para o United. 

“O Ruben precisa de demonstrar que é um grande treinador nos próximos três anos”, explicou, respondendo “isso não vai acontecer” quando questionado se os Glazers, família norte-americana que continua a ser maioritária na estrutura do clube mas delegou em Ratcliffe os assuntos de futebol, já lhe disseram alguma vez para despedir o técnico. 

No podcast com a chancela do “Times”, Ratcliffe atirou-se à imprensa por pedir “sucesso de um momento para o outro”.

“Pensam que isto é um interruptor. Ligas o interruptor e vai tudo ser um mar de rosas amanhã. Não é possível gerir um clube como o Manchester United com decisões em cima do joelho”.

Ainda assim, o que parece um voto de confiança pode ser um sinal de falta de paciência. O Athletic sublinha uma certa mudança de discurso do também dono da INEOS, que detém 28,94% do Manchester United, que em março falava de Amorim como alguém que seria treinador do clube “durante muito tempo”.

Esta temporada, a insistência do treinador português em manter o sistema de três centrais tem-lhe valido críticas, até porque o Manchester United investiu mais de 200 milhões de euros em jogadores como Benjamin Šeško, Bryan Mbeumo ou Matheus Cunha.

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