A La Liga recuou na intenção em levar um jogo para Miami, nos EUA, após os protestos dos futebolistas do último fim de semana, quando se recusaram a jogar nos primeiros 30 segundos das partidas. O presidente da entidade, Javier Tebas, lamenta que a prova tenha “perdido uma oportunidade para avançar”
O encontro entre Villarreal e FC Barcelona que a La Liga agendara para dezembro, em Miami, a contar para a 17.ª jornada do campeonato, já não se vai realizar nos Estados Unidos, anunciou, na terça-feira à noite, a própria organização da prova.
“Depois de conversas com o promotor do jogo em Miami, este comunicou a sua decisão de cancelar o evento devido à incerteza gerada em Espanha nas últimas semanas”, lê-se no comunicado do organismo. A La Liga lamentou “profundamente” que o projeto não possa acontecer, já que seria uma “oportunidade histórica e incomparável para a internacionalização do futebol espanhol”.
A decisão surge após as partidas deste fim de semana do principal campeonato espanhol terem visto, na sua maioria, um protesto dos jogadores contra a exportação do dito jogo para o estrangeiro: durante os primeiros 30 segundos de vários encontros, os futebolistas ficaram imóveis com o relógio a contar.
“A realização de um jogo oficial fora das nossas fronteiras teria sido um passo decisivo na expansão global da nossa competição, reforçando a presença internacional dos clubes, o posicionamento dos jogadores e a marca do futebol espanhol num mercado estratégico como os Estados Unidos”, considerou.
O Villarreal-Barcelona, portanto, será jogado como seria normal: no estádio da equipa caseira, o La Cerámica.
O jogo já tinha sido aceite pela UEFA, mas com reservas, mostrando-se contra a ideia, mas acabou por aceitar, justificando-o com uma falha nos atuais regulamentos da FIFA.
Esta foi a segunda tentativa falhada da La Liga em realizar um jogo do campeonato nos Estados Unidos, depois de, em 2018, o projeto ter ‘chumbado’ por causa da rejeição da federação espanhola.
Feita a reação oficial da La Liga, o seu presidente também se pronunciou, em voz própria. Javier Tebas lamentou que “o futebol espanhol perdeu uma oportunidade para avançar, projetar-se para o mundo e fortalecer o seu futuro”, criticando, sem especificar, quem “apela à integridade da competição” quando “levam anos a questioná-la”.
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