Futebol internacional

O Real Madrid e a organizadora da Superliga vão exigir €4 mil milhões em indemnização à UEFA

O Real Madrid e a organizadora da Superliga vão exigir €4 mil milhões em indemnização à UEFA
Dan Mullan

Não demorou a reação do Real Madrid e da A22, entidade que pretende organizar a Superliga europeia, à decisão do Tribunal de Madrid em negar um recurso à UEFA e à FIFA contra a criação de uma nova competição europeia de clubes de futebol. No dia seguinte, anunciaram que vão exigir o pagamento de uma indemnização por abuso de posição dominante e o monopólio ilegal

O Real Madrid e a A22 Sports Management vão exigir à UEFA mais de quatro mil milhões de euros, acusando-a de sabotar a Superliga Europeia, confirmou, esta quinta-feira, uma fonte próxima do processo à agência France-Presse (AFP).

A decisão surge após um Tribunal de Madrid ter decidido, na quarta-feira, negar um recurso à UEFA e FIFA, considerando que estas organizações “abusaram da sua posição dominante”, ao tentarem impedir a criação da Superliga, violando desta forma as regras da União Europeia.

A A22 Sports Management saudou a decisão, que considera uma “terceira vitória consecutiva” contra o “monopólio ilegal” da UEFA, e lamentou que esta tenha “recusado qualquer via de compromisso”, afirmando não ter “outra escolha” senão avançar com ações para obter compensações pelos danos sofridos.

O Real Madrid, um dos poucos clubes que ainda apoia publicamente a Superliga, considerou a decisão uma “vitória importante” e entende que esta abre a possibilidade de um pedido de indemnização pelos prejuízos causados pela UEFA.

O veredito do tribunal de Madrid surgiu quatro anos e meio depois de o projeto da Superliga ter colapsado apenas 48 horas após o seu lançamento por 12 clubes de Espanha, Itália e Inglaterra, devido a uma forte reação negativa de adeptos e responsáveis políticos.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) tinha decidido, em dezembro de 2023, que as regras em vigor em 2021, utilizadas pelos organismos que regem o futebol — a UEFA e a FIFA — para bloquear a Superliga, contrariavam o direito da União Europeia e constituíam um abuso de posição dominante no mercado.

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