Helena Pires, diretora-executiva da Liga e um dos alvos das críticas do presidente da Belenenses SAD, Rui Pedro Soares, no que diz respeito à atuação nas horas que antecederam o jogo com o Benfica, defendeu a decisão do organismo em não adiar o encontro de sábado.
Na sua habitual coluna de opinião no jornal "Record", a responsável recorda o caso e lembra que uma das consequências do cumprimento dos protocolos em vigor é "a dificuldade de, perante um surto, conseguir manter a regularidade da realização dos jogos, gerindo um calendário apertado".
E foi precisamente devido à falta de datas disponíveis para remarcar jogos que os clubes decidiram "aplicar o disposto nas Leis do Jogo como requisito de realização de um encontro (disponibilidade de sete jogadores)", diz Helena Pires. Qualquer "desvio a essa regra", explica a diretora da Liga, necessita de um "requerimento expresso dos clubes interessados".
A responsável frisa que "a iniciativa desse pedido terá sempre de partir dos clubes interessados, uma vez que apenas estes se podem determinar quanto ao que pretendem fazer", algo que, disse a Liga em anteriores comunicações, não foi seguido pela Belenenses SAD, que não chegou a pedir formalmente um pedido de adiamento, apesar do clube garantir que manteve contactos regulares com a Liga sobre a situação do plantel.
Helena Pires reconhece também no texto de opinião que poderá ser necessário "densificar esse mecanismo" e que por isso a Liga vai reunir o Grupo de Trabalho de Regulamentos para estudar "a melhor forma de habilitar o corpo executivo da Liga a decidir em casos semelhantes".
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt