

“O que é isto? Sou o único a não perceber o porquê de o jogo não ter sido adiado?” A interrogação, uma de muitas, veio do púlpito do Twitter de Bernardo Silva, senhor de milhões de seguidores por ser quem é e jogar onde joga. O português viu, à distância de Manchester, como a equipa do Belenenses SAD entrou em campo apenas com nove jogadores disponíveis contra o Benfica, durando 48 minutos e sete golos sofridos até a partida terminar, não por motivos sanitários ou de bom senso, mas numéricos. Foi preciso o guarda-redes equipado à jogador de campo sentar-se no relvado, anunciando a lesão que forçaria o árbitro a terminar o jogo por falta de futebolistas suficientes numa equipa.
Desse sábado, 27 de novembro, para cá, o imbróglio mais parecido com um novelo de corda cheio de nós complicou-se com um outro jogo, do diz que disse e de sacudidela de culpas: o Belenenses SAD tinha 27 jogadores em isolamento profilático e diz que a Liga mentiu ao anunciar que nenhuma equipa pedira o adiamento da partida; o Benfica alegou não ter sido “parte ativa na decisão”, mas “obrigado a apresentar-se em campo, sob pena de ser penalizado”, e Helena Pires, diretora-executiva da Liga, escreveria mais tarde, no jornal “Record”, que os clubes decidiram “aplicar o disposto nas leis do jogo” e este não foi adiado por falta de datas disponíveis para o remarcar nos prazos previstos.
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