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Conselho de Justiça da FPF instaura processo a Mário Costa, demissionário presidente da AG da Liga

Conselho de Justiça da FPF instaura processo a Mário Costa, demissionário presidente da AG da Liga
Stephen McCarthy/Getty

Apesar de oficialmente já ter apresentado a sua demissão ao cargo de presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Liga de Clubes, a Federação Portuguesa de Futebol vai fazer um inquérito à influência de Mário Costa

No dia seguinte a renunciar ao cargo que desempenhava na Liga de Clubes, o arguido na investigação do Ministério Público (MP) às suspeitas de tráfico de seres humanos ficou a saber que também será alvo de um inquérito da parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) “para apuramento de eventual prática de infração disciplinar”.

A entidade anunciou, esta quinta-feira e por via do seu Conselho de Justiça, que recebeu uma denúncia contra Mário Costa, relativo ao seu alegado envolvimento na gestão da Bsports Academy, onde o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) encontrou 114 futebolistas estrangeiros em situação ilegal no país - 33 dos quais menores de idade que já foram encaminhados para instituições da Segurança Social. Os jogadores são oriundos da América de Sul, África e Ásia.

Apesar de não ter sido detido, Mário Costa é um dos sete arguidos (duas pessoas e cinco sociedades) no processo por, alegadamente, ter trabalhado na promoção da academia para investidores estrangeiros. Por via do seu advogado, o já ex-dirigente da Liga garantiu que “quando tudo estiver esclarecido e o processo for arquivado, voltará a colaborar com a Liga com o mesmo entusiasmo de sempre”.

O Conselho de Justiça da FPF explicou que “atendendo ao teor da informação constante da denúncia, e uma vez que a responsabilidade disciplinar não se extingue em virtude da renúncia ao cargo, deliberou instaurar um processo de inquérito, com correspondência material ao processo de averiguações, para apuramento de eventual prática de infração disciplinar” por parte de Mário Costa.

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