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Supertaça: o Benfica do cheiro a seminovo e o FC Porto dos velhos hábitos

Supertaça: o Benfica do cheiro a seminovo e o FC Porto dos velhos hábitos
SOPA Images

O jogo que marca o arranque da época 2023/24 em Portugal será mais um teste à abordagem de Roger Schmidt perante a astúcia tática de Sérgio Conceição, antevê Tomás da Cunha

Supertaça: o Benfica do cheiro a seminovo e o FC Porto dos velhos hábitos

Tomás da Cunha

Analista e comentador de futebol

Não é o troféu mais importante do futebol português, longe disso, mas um clássico a abrir a temporada dá um sabor apetecível à Supertaça (quarta-feira, 20h45, RTP1). Mais ainda se recordarmos a forma como o último campeonato foi decidido. Quando se pensava que o Benfica, com Roger Schmidt, iria distanciar-se para vencer com alguma facilidade, o FC Porto recuperou, impôs-se na Luz e levou a luta até final. Esse confronto direto vai marcar, inevitavelmente, o reencontro entre os dois clubes. De resto, se há alguém que pode sentir uma pressão mais intensa é o treinador encarnado. Esperava-se que, a jogar em casa e com aquela vantagem pontual, os níveis de ambição e atitude competitiva fossem muito superiores, deixando para trás os complexos de outras épocas. Quem mandou foi quase sempre o conjunto azul e branco.

Mas nem tudo se explica pelo fator psicológico. A astúcia de Sérgio Conceição no planeamento estratégico — dimensão em que costuma marcar a diferença — contrastou com a falta de adaptação do alemão, antes e durante a partida. O modelo definiu-se em poucos meses, tornando rapidamente o Benfica numa equipa de autor, mas não houve disponibilidade para alterações que permitissem o conforto coletivo em duelos de maior exigência. As águias recuperaram o título nacional pela clara superioridade contra o ‘resto’ e não tanto pelo minicampeonato com os rivais. A deslocação a Braga, o encontro da segunda volta com o FC Porto e a primeira parte de Alvalade deixaram sinais de alerta, que Roger Schmidt tem de superar nesta temporada. Começando já.

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