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Peseiro elogia Amorim, Schmidt e Conceição com uma certeza: “Nem quando ganhamos somos génios, nem quando perdemos somos uma merda”

Peseiro elogia Amorim, Schmidt e Conceição com uma certeza: “Nem quando ganhamos somos génios, nem quando perdemos somos uma merda”
Nuno Fox
No final da entrevista à Tribuna Expresso feita no podcast ‘No Princípio Era a Bola’, com a contribuição de Tomás da Cunha e Rui Malheiro, o treinador português não se escusou a falar de Benfica, Sporting e FC Porto, deixando elogios aos respetivos treinadores e radiografando o que têm feito pelos clubes

Vão longe os tempos que amarravam José Peseiro às cedências mentais a trucagens vindas de fora, de perceções exteriores, da opinião de quem não o conhece. Com seis finais na carreira, o treinador ganhou só uma e a última das perdidas é recente. Estava há semanas em Abidjan, capital da Costa do Marfim, a ser derrotado com a Nigéria na decisão da Taça das Nações Africanas (CAN) onde, ao intervalo, na seclusão do balneário, viu o medo cénico na cara dos seus jogadores. À falta de 45 minutos eles ganhavam por 1-0, quando a segunda parte acabou perdiam por 1-2. A ordem cósmica do futebol esgueirava-se, mais uma vez, por entre as mãos do português nos grandes palcos.

Não com o tempo, mas desde os seus primórdios em clubes de montra que Peseiro nada pôde contra o rótulo que lhe colaram. Perdida a final da Taça UEFA com o Sporting, em 2005, uma semana após ser derrotado no Estádio da Luz quando era líder do campeonato, ficou sem dois potenciais títulos e teve de arcar, sem o pedir, com as etiquetas de ter “pé frio”, da malapata das finais, de supostamente ser o treinador do ‘quase’. Com a Nigéria, ainda a CAN não começara e “uma pessoa da comitiva” da federação ousou vir a público dizer que ele só não era despedido porque não havia dinheiro para lhe pagar uma indemnização. Visto de fora, sem nada sabermos, parecia mais um pequeno tumulto que apenas poderia surgir na vida laboral de José Peseiro, só ele.

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