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O “orgulho no clube da terra” foi ressuscitado em Santo Tirso. Mas os adeptos com nome de bolo não vão ver o Tirsense no seu estádio

O “orgulho no clube da terra” foi ressuscitado em Santo Tirso. Mas os adeptos com nome de bolo não vão ver o Tirsense no seu estádio
NUNO VEIGA

O clube de Caetano, Giovanella ou Paredão nos anos 90, quando esteve cinco épocas na I Liga, é agora o primeiro da história a ir jogar uma meia-final da Taça de Portugal estando na 4.ª Divisão. Hoje a média de assistência ronda as mil pessoas no Estádio Abel Alves Figueiredo, em Santo Tirso, que não deverá acolher um dos jogos contra o Benfica, adversário que reencontra na prova 54 anos depois. “Gostávamos de reunir as condições, mas temos consciência de que será difícil”, lamenta o vice-presidente do Tirsense

“Acima de tudo (e antes do mais)”, o crivo da relevância posto logo no raiar da crónica, o Benfica tinha sido “uma equipa afortunada”. Confortável no seu atolado Estádio Abel Alves Figueiredo, os visitados “estavam a jogar bem”, batiam-se “com desdouro”, tinham a soprar a seu favor o cliché da “corrente do jogo” para desgosto de outro lugar-comum futebolístico, o “factor ‘sorte’” que os tramou. “Não custa chegar à conclusão de que o Tirsense não merecia tão severa punição”, lê-se na escritura deixada no Diário de Lisboa a 11 de junho de 1971, dia seguinte à vitória do “lento e desconexo” Benfica ao qual bastou uma feitura em campo “aos repelões” para sair de casa do clube mais modesto com um 1-3.

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