Benfica-Sporting e a final da Taça de Portugal: entre um passado trágico e uma possibilidade de história

É como se, no meio do trauma, o destino, os novelos com os enredados fios do tempo, o acaso ou o que quer que seja que defina o que conceptualmente chamamos de “curso da vida”, tenham optado por poupar toda a gente ao reviver de más memórias. Talvez as piores enfrentadas pelo futebol português. A última final da Taça de Portugal entre Sporting e Benfica, em 1996, deixou de ser uma festa quando, após o golo de Mauro Airez aos 9 minutos, um engenho pirotécnico que naquele dia e para sempre soubemos pelas piores razões possíveis chamar-se very-light, voou de um topo ao outro das bancadas do Estádio de Jamor, lançado por Hugo Inácio, para encher aquele jogo de infâmia eterna.