Às acusações de Luís Filipe Vieira numa entrevista televisiva realizada na última sexta-feira, a FPF e Pedro Proença respondem agora, acenando com a via judicial. Num curto comunicado publicado no site oficial do organismo, a Federação Portuguesa de Futebol "e o seu presidente não admitem que os seus nomes e a sua credibilidade seja, sob qualquer pretexto, colocados em causa", mesmo considerando "e entendendo atuais contextos eleitoriais", lê-se ainda na comunicação.
“Em conformidade com o exposto, a Federação Portuguesa de Futebol e o seu Presidente reservam-se ao direito de utilizar todos os meios legais disponíveis para defender o seu bom-nome, credibilidade e honorabilidade sempre que os mesmos sejam colocados em causa”, aponta ainda o texto, que não refere nem por uma vez o nome de Luís Filipe Vieira, embora seja claro que este é o destinatário da ameaça.
Esta reação da FPF e de Pedro Proença chegam 24 horas depois do antigo presidente do Benfica, e putativo candidato às eleições à direção dos encarnados em outubro, ter acusado o atual líder federativo e antigo presidente da Liga Portugal de o aliciar, num almoço, para convencer Nuno Lobo a não concorrer contra si nas eleições de fevereiro, que Proença venceu com 75% dos votos. Com isso viria um suposto lugar na FPF, “um salário de 15 mil euros” e um carro. Vieira sublinhou ainda ter "uma testemunha" da tentativa de aliciamento, chamado Proença de “cobarde.”
Vieira alegou ainda na NOW que Proença lhe pediu para persuadir Fernando Gomes a apoiá-lo nas eleições e de lançar o medo nos líderes dos clubes, que, disse, receiam ser prejudicados pelo ex-árbitro. “De certeza que deve estar com muitos problemas por eu me vir a candidatar. Ele comigo nunca conseguiu brincar, nem vai brincar. Ele que não se meta comigo, depois as coisas vão extremar e é pior para ele”, atirou ainda, acusando ainda a FPF de favorecer o Sporting: “É tudo verde”, frisou.
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