Futebol nacional

Operação Mais Valia: Fernando Gomes disponível para entregar e-mails ao Ministério Público

Operação Mais Valia: Fernando Gomes disponível para entregar e-mails ao Ministério Público
D.R.

Ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol diz que soube pela comunicação social que o MP teria pedido à Microsoft para recuperar a caixa de correio eletrónico que usou na FPF e que nunca foi notificado para prestar esclarecimentos na operação que investiga a venda da antiga sede da federação

Fernando Gomes enviou uma carta ao DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa) mostrando-se disponível para entregar ao Ministério Público e à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária o equipamento informático onde é possível o acesso ao email que utilizou durante os seus mandatos à frente da Federação Portuguesa de Futebol, diz o “Diário de Notícias”. 

A notícia surge na sequência de uma notícia da TVI, em setembro, que avançava, no âmbito da Operação Mais Valia, que investigadores da PJ e do MP tinham pedido à Microsoft que recuperasse a caixa de email do ex-presidente da FPF e atual presidente do Comité Olímpico de Portugal, entretanto apagada, e que o disco rígido já estaria na posse da empresa. O “Diário de Notícias” aponta que, na missiva enviada ao DIAP, Fernando Gomes dá autorização à Microsoft para ceder todos os dados solicitados para a investigação.

Em causa, na Operação Mais Valia, estão suspeitas de crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem e fraude fiscal na venda da antiga sede da FPF na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa. As buscas, em março, culminaram com dois arguidos: António Gameiro, antigo deputado do PS, e Paulo Lourenço, antigo assessor jurídico de Fernando Gomes.

À TVI, fonte próxima de Fernando Gomes sublinhou então que o líder da FPF entre 2011 e 2025 nunca chegou a ser notificado pelas autoridades para prestar esclarecimentos e que, depois de sair da FPF, ficou, tal como outros funcionários, com o computador, telemóvel e iPad que utilizava. O “DN” diz que o dirigente soube pela comunicação social que a investigação queria aceder à sua caixa de correio electrónico, colocando-se à disposição de a entregar. 

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