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Portugal já sabe o que tem de fazer no Mundial de futsal: “Vestir o colete à prova de bala, todos querem ganhar ao campeão”

Portugal já sabe o que tem de fazer no Mundial de futsal: “Vestir o colete à prova de bala, todos querem ganhar ao campeão”
Alex Caparros - FIFA

Reformado do futsal, Vítor Hugo já não estará na baliza portuguesa, mas o guarda-redes que conquistou o último Mundial e Europeu com a seleção nacional, apesar de reconhecer que “se calhar o Brasil está um passinho à frente de toda a gente”, garante que Portugal vai estar “preparado” para defender “o que é nosso”. O Campeonato do Mundo arranca no sábado

Vítor Hugo, guarda-redes que contribuiu para a conquista do título mundial em 2021, disse hoje “acreditar a 100%” que a Portugal vai revalidar o troféu erguido há três anos na Lituânia.

Portugal, bicampeão europeu, defende, entre sábado e 06 de outubro, no Uzbequistão, o inédito cetro de campeão do mundo, conquistado numa final frente à Argentina (2-1), à qual chegou depois de Vítor Hugo ter ‘brilhado’ nas grandes penalidades frente ao Cazaquistão (4-3 nos penáltis, após 2-2 no prolongamento).

“Portugal está mais do que preparado para ir ao Uzbequistão e defender o título. Confio plenamente nos 14 jogadores e em todo o staff da seleção portuguesa”, afirmou Vítor Hugo, em entrevista à Lusa, antecipando um Mundial “mais equilibrado do que o último e com cada vez melhores seleções”.

O internacional português por 78 ocasiões coloca a seleção nacional entre os candidatos à conquista do Mundial, atribuindo um “ligeiríssimo favoritismo” ao Brasil, cinco vezes campeão.

“Pelo que representa e pelo lote de jogadores que tem, se calhar, está um passinho à frente dos outros e até pode ser um favorito”, explicou, recordando, todavia, que, no “último Mundial, ficou provado que o lote de jogadores não faz uma equipa”.

E esse espírito coletivo, asseverou o antigo jogador que participou em dois Mundiais, será uma das maiores virtudes da formação portuguesa.

“O sentimento de união e família que se tem criado tem feito toda a diferença. Nos últimos seis anos, Portugal foi bicampeão da Europa, campeão do mundo, vencedor da Finalíssima e vamos agora ao bicampeonato do mundo”, atirou, esperançoso em mais um feito inédito da equipa comandada pelo selecionador Jorge Braz, a quem deixou rasgados elogios.

Portugal está inserido no Grupo E e vai iniciar a competição diante do Panamá, na segunda-feira, às 13h30 (horas em Lisboa), seguindo-se os encontros com Tajiquistão, no dia 19, pelas 16:00, e Marrocos, no dia 22, a partir das 13h30.

Para a fase seguinte, apurar-se-ão os dois melhores classificados de cada agrupamento, assim como os quatro melhores terceiros classificados.

Aos 41 anos, o atual treinador de guarda-redes no Dínamo Sanjoanense, que conta no currículo também com a conquista do título europeu em 2018, admite que Portugal será o adversário que “todos querem vencer”.

“Todos querem ganhar ao campeão do mundo e como temos o título sabemos que temos o alvo em nós, mas estamos mais do que preparados para chegar lá, vestir o colete à prova de bala e, venham as balas de onde vierem, acredito que estaremos preparados para defender o que é nosso”, afiançou.

E a seleção portuguesa, como frisou o antigo jogador, entre outros, de Benfica e do Sporting de Braga, terá nos guarda-redes duas “certezas”.

“Portugal está tão bem servido que o Bernardo Paçó ficou de fora e isso já demonstra a qualidade que temos. Quer o Edu [Sousa], quer o André [Correia], vão corresponder às exigências e, quiçá, até ser decisivos”, salientou Vítor Hugo, ele que foi opção em três jogos na última edição da competição, cuja conquista considerou como o momento “mais alto da carreira”.

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