Exclusivo

Jogos Olímpicos de Paris 2024

Atletas russos competem sob bandeira neutra, israelitas sem restrições: ‘dois pesos, duas medidas’ ou apenas uma questão de Direito?

“Não há Jogos Olímpicos para Israel”, lê-se nestes cartazes, numa rua de Paris
“Não há Jogos Olímpicos para Israel”, lê-se nestes cartazes, numa rua de Paris
BENOIT TESSIER / REUTERS

A participação de Israel nos Jogos Olímpicos de Paris está envolta em grande contestação, devido à guerra na Faixa de Gaza, mas também ao aparente privilégio de que gozam os atletas israelitas por comparação aos russos e bielorrussos. A razão para a diferença de tratamento radica numa tradição nascida na Grécia Antiga

Margarida Mota

Jornalista

Nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, uma cerimónia evocativa do massacre de Munique passou a ter lugar permanente no programa não desportivo. Estava-se a 5 de setembro de 1972 quando um comando da organização palestiniana Setembro Negro se infiltrou na aldeia olímpica com o intuito de atacar a delegação de Israel. O drama prolongou-se durante 20 horas. No final, 11 atletas e treinadores israelitas tinham sido assassinados.

Em Tóquio 2020, a cerimónia incluiu, pela primeira vez, um minuto de silêncio no estádio olímpico. Este ano, em Paris, o evento foi relegado para um local secreto, pelo receio de que se tornasse alvo de extremistas. Muito por força da guerra na Faixa de Gaza — e dos quase 40 mil mortos, contabilizados pelo Hamas —, o sentimento antissemita está em alta.

Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: MMota@expresso.impresa.pt