Nos bastidores de uma Paris segura e apresentável, onde o que importa às autoridades é causar boa “imagem” para os Jogos Olímpicos

Paris prepara-se para acolher os Jogos Olímpicos de 2024, cujas provas arrancam já esta quarta-feira. Na capital francesa, o acesso ao rio Sena, onde decorrerá a cerimónia de abertura, está fechado já há vários dias. Várias estações de metro fecharam, Por toda a cidade, dezenas de milhares de militares e unidades policiais, francesas e estrangeiras, patrulham as ruas. Em Paris, esperam-se mais de 45 mil, segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin.

A poucos dias da cerimónia de abertura, as autoridades têm como objetivo o “risco zero”. Segundo Guillaume Farde, professor de economia da segurança e da defesa no Instituto de Estudos Políticos de Paris, existem vários tipos de ameaças a ter em conta: “Há a possibilidade de um aumento da delinquência, que se adapta ao afluxo de turistas durante os Jogos”, explicou o professor ao Expresso. “Contamos, nomeadamente, com o aumento de fraudes, dos táxis falsos, ou dos AirBnb falsos”. Também se antecipam possíveis ingerências estrangeiras, “dos ataques cibernéticos ao simples trolling político, como é o caso com a disseminação de notícias falsas sobre as infestações de percevejos em Paris”, explicou o professor ao nosso jornal.