Jogos Olímpicos de Paris 2024

Acabou o sonho de Catarina Costa: judoca portuguesa eliminada na segunda ronda dos Jogos Olímpicos

Acabou o sonho de Catarina Costa: judoca portuguesa eliminada na segunda ronda dos Jogos Olímpicos
HUGO DELGADO/Getty
Com três medalhas em Europeus, a estudante de medicina era uma das esperanças nacionais para Paris. No entanto, depois de bater uma adversária cotada na primeira eliminatória dos -48kg, a judoca perdeu, com um ippon no golden score, frente à menos conceituada Gabriela Narvaez, do Paraguai

Depois de vários minutos de um combate tenso, equilibrado, pouco ofensivo, o duelo decidiu-se no golden score. Sem margem para erro, caminhando sobre gelo fino. E, aí, chegou o momento que deixou Catarina Costa cabisbaixa, desiludida, abandonando o cenário olímpico de cabeça no chão.

Gabriela Narvaez, paraguaia teoricamente menos cotada, conseguiu um ippon. Festejou com loucura, como quem ganha um ouro, talvez este triunfo seja, para ela, mesmo um pódio. Catarina Costa ficou largos segundos no chão, sem se levantar, talvez procurando um buraco para se esconder.

Vice-campeã da Europa em 2022 e 2023 e bronze nos Europeus de 2024, a estudante de medicina era uma das mais sólidas esperanças nacionais para Paris. Depois do quinto lugar em Tóquio, a sua segunda participação nos Jogos termina com uma saída de cena na segunda ronda.

Na lotada Arena Champ de Mars, com mais de 8.000 espetadores nas bancadas, Catarina Costa estreou a participação nacional nos Jogos. Sem Gustavo Ribeiro em ação, com o adiamento do skate pela chuva, os olhares centravam-se na natural de Coimbra.

Os primeiros sinais foram altamente promissores. A primeira ronda representava um duro teste. Katharina Menz, alemã, apresenta um palmarés com um bronze nos Europeus de 2020 e uma prata nos Mundiais de 2022. Num duelo equilibrado, nervoso, um wasari da estudante médica a 50 segundos do fim, aproveitando o desequilíbrio da adversária, permitiu à portuguesa vencer.

Nas bancadas, alguns portugueses gritavam pela compatriota. Já se percebeu que não faltará apoio à comitiva nacional em Paris.

Cerca de uma hora depois, Catarina voltou ao tatami. A adversária era bem menos cotada que a alemã, mas o combate foi nervoso, de poucos riscos.

Do lado português estava a sétima do ranking mundial e cabeça de série, do outro a antepenúltima das 31 inscritas, mas Costa nunca fez valer a sua teórica superioridade. Pareceu até inferiorizada fisicamente, queixando-se, por vezes, do joelho. Antes dos Europeus de abril, esteve cinco meses parada, então devido a uma cirurgia ao cotovelo. Talvez não tenha chegado nas melhores condições.

No golden score, sem margem de erro, a paraguaia triunfou. Catarina abandonou os focos da Arena Champ de Mars cabisbaixa, triste, desiludida. Acabaram-se as suas esperanças olímpicas em Paris.

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