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Jogos Olímpicos de Paris 2024

Coreografias, máscaras, cânticos e uma estátua equestre a saudar os atletas: dentro da grande festa do judo nos Jogos Olímpicos

Coreografias, máscaras, cânticos e uma estátua equestre a saudar os atletas: dentro da grande festa do judo nos Jogos Olímpicos
Maja Hitij/Getty
Numa arena cheia, com mais de 8.000 pessoas, a competição faz jus ao estatuto de uma das primeiras cujos bilhetes esgotaram. O entusiasta público francês puxa ferozmente pelos seus representantes, havendo holas e apoio personalizado. Nem as dúvidas quanto à qualidade do Tatami, que foi trocado à última hora, assombraram as provas

Talvez tenha sido o primeiro grande momento de exaltação desportiva francesa em tempo real destes Jogos Olímpicos. Não, não nos referimos à glorificação de tempos idos na cerimónia de abertura, mas a algo que, na verdade, é a essência deste grande evento global: a criação de novos heróis nacionais.

Às 12h00 de Paris, dois judocas franceses entraram no tatami para competir ao mesmo tempo. Shirine Boukli nos -48kg femininos, e Luka Mkheidze nos -60 kg masculinos. Se o começo de ambas as provas — ela contra a turca Tegce Beder, ele frente a Enkhtaivany Ariunbold, da Mongólia — já fez a Arena Champs de Mars vibrar, o momento de magia aconteceu uns minutos depois.

Boukli fez um ippon, seguido, talvez dois segundos depois, por outro ippon de Mkheidze. A Arena tornou-se num 14 de julho num recinto fechado: gritou-se “Allez les Bleus", entoou-se a Marselha, agitaram-se bandeiras.

Havia máscaras com as caras de ambos os judocas em vários pontos das bancadas. Cada um dos atletas tinha cânticos personalizados. O judo foi das primeiras modalidades a esgotar e estar na Arena Champ de Mars, na primeira manhã pós-cerimónia de abertura, confirmava a enorme popularidade da modalidade no país. Os 8.365 lugares do enorme pavilhão estavam esgotados e, horas depois da honra que Teddy Riner teve ao ser, juntamente com Marie-José Perec, o último a pegar na tocha, testemunhou-se a febre judoca em Paris.

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