Jogos Olímpicos de Paris 2024

Mais um diploma para o triatlo nacional: Portugal termina estafeta mista num excelente 5.º lugar

Mais um diploma para o triatlo nacional: Portugal termina estafeta mista num excelente 5.º lugar
Adam Pretty

Em nova bela exibição, a equipa formada por Vasco Vilaça, Ricardo Batista, Maria Tomé e Melanie Santos concluiu um percurso em 5.º. Num final brutal, ao limite, a Alemanha ganhou, a Grã Bretanha ficou em 2.º e os EUA em 3.º

Nova manhã de orgulho para o triatlo português. Depois do 5.º e 6.º de Vasco Vilaça e Ricardo Batista, depois do 11.º de Maria Tomé, outra prestação de raça, qualidade, crença, esforço. Numa prova fantástica, que confirma que trazer esta competição para Tóquio 2020, primeiro, e Paris 2024, agora, foi um êxito, Portugal terminou a estafeta mista em 5.º.

Na Ponte Alexandre III, onde Vilaça e Batista protagonizaram um dos melhores momentos da delegação nacional no triatlo masculino, coube a Maria Tomé terminar a prova. A jovem chegou isolada na 5.ª posição, festejando, exausta, deixando nada para dar, ao cruzar a meta.

O ouro foi para a Alemanha. Uma chegada brutal, no limite, o quarteto formado por Hellwig, Tertsch, Luehrs e Lindemann superou, quase no risco de meta, a Grã Bretanha, que ficou com a prata, e os EUA, que foram bronze. França, numa grande recuperação após uma queda num dos percursos de ciclismo, foi 4.ª.

Ainda a prova não começara e já havia a polémica habitual à volta das águas do Sena. Os treinos dos dias prévios voltaram a ser cancelados e a Bélgica desistiu da prova devido à doença de Claire Michel, uma das suas triatletas, avançando a imprensa do país que tal se deveu a infeção por E.coli, a bactéria que contamina o Sena.

Assim, 15 países dividiram-se em quatro elementos, com cada um a fazer 300 metros a nadar, 7 quilómetros de bicicleta e 1,8 de corrida.

Para Portugal, o primeiro foi Ricardo Batista. O triatleta foi logo penalizado com 10 segundos devido a uma falsa partida na natação, mas, com um ciclismo incrível, recuperou e contactou com os melhores.

Seguiu-se Melanie Santos, foi deixada por Batista na 8.ª posição. Consistente, Santos passou o testemunho para Vasco Vilaça em 6.º.

A prestação de Vilaça foi a melhor. Épico, voador, colocou Portugal na última transição em 3.º, discutindo o pódio. Para Maria Tomé, foi tudo mais difícil. Teve dificuldades com a corrente do Sena na natação e no ciclismo andou muito tempo sozinha, perdendo o contacto com as medalhas.

Nos últimos metros, teve de sofrer. A cara evidenciava dor, esforço. Mas aguentou-se e sacou mais um excelente diploma para o triatlo nacional. Esta equipa jovem (todos com 24 anos ou menos, à exceção de Melanie) foi um dos pontos altos de Portugal em Paris 2024.

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